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Transportes públicos: urge adopção da estratégia integrada

A bancada parlamentar do partido governamental, a Frelimo, diz ser imperioso a adopção de uma visão integrada, sistemática e estratégica no sector de transportes para as zonas urbanas. Segundo a chefe da bancada da Frelimo, Margarida Talapa, a adopção desta visão está condicionada a requalificação das zonas urbanas.

“Julgamos que se impõe a adopção de uma visão integrada, sistemática e estratégica para os transportes dentro das urbes, o que é possível com a requalificação das zonas urbanas para se reduzir a procura de serviços essenciais”, declarou Margarida Talapa, falando, quarta-feira, em Maputo, na abertura da III Sessão Ordinária do parlamento moçambicano.

Para Talapa, os sectores ligados aos transportes, rede viária, gestão urbana, planeamento territorial e actividades económicas devem envolver os municípios e o sector privado como forma de assegurar o desenvolvimento espacial harmonioso e sustentável.

Segundo ela, a estrutura da população moçambicana é jovem, razão pela qual aumenta a demanda da despesa social, pressionando a educação, a saúde, o emprego, serviços básicos. Paralelamente, reduz a renda “per capita” como consequência do elevado número da população dependente.

Para além da crescente subida de preços de alimentos, combustíveis e outros produtos essenciais, segundo Margarida Talapa, “apercebemo-nos da insuficiência quantitativa e qualitativa de transporte, principalmente no grande Maputo e Matola”, mas que o mesmo problema é uma realidade que caracteriza todos os centros urbanos do país, bem como a ligação entre as urbes e as zonas rurais.

Sobre a imigração ilegal, Talapa trans mitiu a preocupação da Frelimo, afirmando que e’ um fenómeno que atinge contornos preocupantes nos últimos tempos. De acordo com Talapa, se o afluxo de estrangeiros reflecte o ambiente de paz e estabilidade prevalecente no país, este fenómeno está “contaminado de vicissitudes económicas, culturais e politicas”.

Na ocasião, Talapa abordou o problema da pirataria marítima que também afecta Moçambique, testemunhado com o sequestro de uma embarcação a 27 de Dezembro último, ao largo da costa da província meridional de Inhambane. Por isso, Talapa apela ao Governo para encontrar mecanismos para uma melhor gestão da segurança dos mares e das fronteiras nacionais.

Sobre a crise politica e social nos países do Norte de África e médio Oriente, ela disse que a mesma paralisa a actividade económica dos mais importantes produtores mundiais de petróleo.

“É uma situação que agrava os já complexos desafios da gestão económica de Moçambique”, disse Talapa, para quem o incremento persistente dos preços internacionais dos alimentos e dos combustíveis representam mais um desafio para o país.

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