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Transportadores de “chapa” paralisam actividade em Maputo

Entre as 10 e às 20 horas desta sexta-feira, viveram-se momentos dramáticos nalguns locais da cidade de Maputo. Os transportadores semi colectivos de passageiros, vulgo “chapas”, que operam na via entre a Praça dos combatentes e as zonas de Xipamanine, Baixa e Museu decidiram paralisar de forma parcial com as actividades, passando a terminar na praça da OMM, alegadamente para protestar contra a corrupção que se instalou por ali, protagonizada por agentes da polícia municipal.

“Isto é uma greve contra a forma de agir dos homens da polícia municipal. A situação está insustentável, pois por dia chegamos a pagar cerca de quatro vezes, o que em termos de perdas monetárias significa pouco mais de mil meticais”, revelou um transportador.

“Não faz sentido chamar isto por greve. Na verdade estamos diante de actos de oportunismo”, afirmou um utente para depois acrescentar: ” se isto fosse greve iriam imobilizar os trabalhos na totalidade e não levariam as pessoas apenas até a praça da OMM”.

Enquanto isso, vários munícipes viram-se obrigados a percorrer longas distâncias a pé para chegar as suas casas. Outros perdiam horas a fio nas paragens, debaixo de uma temperatura que chegou a atingir 38 graus centígrados, a espera dos autocarros dos Transportes Públicos de Maputo, que demoram cerca de uma hora para chegar. Além dos TPM, o transporte era garantido por camionetas de caixa aberta. “Estou a sair do Museu e vou a Praça dos Combatentes apanhar um carro para Magoanine. Ouvi dizer que por lá está tudo em ordem”, contou Rosa Paulo, uma funcionária pública.

Quem também considera oportunismo a atitude dos transportadores é Lazaro Valoi, Chefe de relações públicas da polícia municipal. Segundo Valoi, os cenários aqui reportados, resultam de um trabalho rotineiro que a instituição para a qual trabalha está fazer para melhorar a vida dos citadinos. “Percebemos que os munícipes perdem muito dinheiro, por causa dos encurtamentos e desvios de rotas”, diz Valoi e acrescenta: “decidimos agir contra esses transportadores, a maior parte dos quais aqueles que resistem a uma regra estabelecida e exercem a actividade de forma ilegal”.

“Quanto aos actos de corrupção, nós apelamos para que a população denuncie os ditos polícias de conduta duvidosa. Não basta falar ao alto, mas é preciso apontar com provas para facilitar o nosso trabalho”, disse Valoi a terminar.

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