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Torturador cambojano pede perdão aos sobreviventes

O ex-funcionário do regime comunista do Khmer Vermelho no Camboja (1975-79) Kaing Guek Eav, conhecido como ‘Duch’, admitiu nesta terça-feira em um tribunal da ONU a responsabilidade nos casos de tortura dos quais é acusado e pediu perdão aos sobreviventes.

“Admito minha responsabilidade no que aconteceu em Tuol Sleng”, afirmou Duch a respeito do centro de detenção e tortura que dirigia em Phnom Penh. “Permitam-me pedir desculpas aos sobreviventes”.

“Gostaria de expressar meu pesar e sincera tristeza pelas perdas e todos os crimes cometidos durante o regime Khmer Vermelho”, completou ‘Duch’, atualmente com 66 anos.

“Não peço que me perdoem agora, mas espero que o façam mais tarde”. Antes a promotoria descreveu em detalhes os atos de tortura cometidos em Tuol Sleng (S-21), um centro de tortura que teve papel central na política do regime comunista para esmagar os que eram considerados “traidores”.

Mais de 15.000 pessoas morreram no local ou em campos de execução próximos. “A política era que ninguém podia sair vivo do S-21”, afirmou o promotor canadense Robert Petit.

“Sob as ordens diretas do acusado e às vezes com suas próprias mãos, detentos no S-21 eram submetidos de maneira intencional a sofrimentos físicos e mentais intensos para arrancar uma confissão e, em alguns casos, castigá-los”, explicou.

“As vítimas eram agredidas com varas e chicotes, submetidas a descargas elétricas nos órgãos genitais, asfixiadas com bolsas de plástico atadas ao redor do pescoço”, descreveu o promotor.

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