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Toneladas de lixo plástico sufocam os oceanos do mundo, segundo os pesquisadores

Existem sacolas, garrafas, brinquedos, bonecos, tampas de garrafas, chupetas, escovas de dente, botas, baldes, desodorantes roll-on, cabos de guarda-chuva, equipamentos de pesca, assentos de privada e mais coisas feitas de plástico que espalham-se por todos os oceanos da Terra.

Os pesquisadores revelaram, esta quarta-feira (10), o que classificaram como a estimativa mais cientificamente rigorosa até hoje da quantidade de lixo plástico nos oceanos: cerca de 269 mil toneladas, com base em dados de 24 expedições em todo o mundo durante seis anos.

“Há muito mais poluição plástica do que estimativas recentes indicam”, disse Marcus Eriksen, director de pesquisa do Instituto 5 Gyres, sediado em Los Angeles, que estuda este tipo de poluição.

Noventa e dois por cento do plástico vêm na forma de “microplástico”, que são partículas de itens maiores enfraquecidas pela luz do sol e reduzidas a pedaços pelas ondas, mordidas por tubarões e outros peixes ou desfeitas de alguma forma, afirmou Eriksen.

Nos últimos anos, os especialistas vêm alertando para a maneira como a poluição plástica está a matar uma enorme quantidade de pássaros e mamíferos marinhos e outras criaturas, e ao mesmo tempo a macular os ecossistemas oceánicos. Alguns objectos de plástico, como redes de pesca descartadas, matam ao prender golfinhos, tartarugas marinhas e outros animais.

Os fragmentos plásticos também alojam-se na garganta e no trato digestivo de animais marinhos. Os pesquisadores disseram que o lixo plástico chega aos oceanos pelos rios e pelas regiões costeiras densamente povoadas, assim como pelas embarcações que navegam em rotas comerciais.

Os objectos de plástico maiores, abundantes perto das costas, muitas vezes flutuam nos cinco giros oceânicos subtropicais do mundo – grandes regiões de correntes no Pacífico Norte e Sul, no Atlântico Norte e Sul e no oceano Índico.

O estudo, baseado em dados de expedições nos cinco giros subtropicais, na costa da Austrália, na Baía de Bengala e no Mar Mediterrâneo, estimou que há 5,25 trilhões de partículas de lixo plástico. Partículas de plástico minúsculas, do tamanho de um grão de areia, espalharam-se e atingiram até mesmo regiões polares remotas.

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