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Todos distritos já têm um Medico

Todos os 128 distritos de Moçambique, incluindo alguns postos administrativos, já contam com pelo menos um médico, segundo revelou hoje, em Maputo, o Ministro da Saúde, Ivo Garrido. De acordo com o governante, esta situação é resultado do progresso registado pelo sector na colocação de pessoal em todos os níveis do Serviço Nacional de Saúde ao longo dos últimos anos.

Como resultado desses avanços, todos os 128 distritos do país contam com pelo menos um médico, tendo o distrito de Meluco, na província de Cabo Delgado, sido o último a beneficiar dos serviços de um médico. Garrido, que falava na abertura do 35/ o Conselho Coordenador da Saúde, revelou que o distrito de Meluco, em Cabo Delgado, constituía grande preocupação do seu Ministério, tendo passado a contar com um médico há bem pouco tempo.

Garrido revelou ainda que alguns distritos contam com um médico nos postos administrativos, nomeadamente Magude (na província de Maputo), Mecanhelas (Niassa), Angónia (Tete), Mecula, Chiure e Ancuabe, em Cabo Delgado. “Houve progressos na colocação de pessoal em todos os níveis do Serviço Nacional de Saúde. Já ultrapassamos os mil médicos e contamos actualmente com 1042 médicos em todo o país, o que permitiu reduzir o rácio habitante/médico. Mas o mais importante é que hoje todos os distritos do país já têm um médico”, disse, acrescentando que “e já há distritos com um médico nos postos administrativos”.

Em 2004, o Serviço Nacional de Saúde contava com 682 médicos (454 nacionais e 258 estrangeiros), número que subiu para 929 médicos (735 nacionais e 194 estrangeiros), em 2009. Até ao ano passado, o rácio habitante/ médico era inferior a 30 mil, sendo que actualmente o mesmo está próximo dos 20 mil habitantes por médico. De acordo com Ivo Garrido, de 2005 a 2009 foram colocados em todas as províncias 5.528 quadros. “Só em 2009 foram colocados em direcções provinciais de saúde 1.705 técnicos recém-formados, dos quais 138 médicos generalistas, 77 técnicos superiores de saúde, 865 de nível médio e 725 de nível básico”, detalhou.

Entretanto, apesar dos avanços registados, o Ministro da Saúde considera que o sector continua a ter carência em recursos humanos de todo o tipo, uma situação que se traduz na deficiente gestão e distribuição “pouco” racional dos mesmos. Para Garrido, o sector ressente-se igualmente de deficiências na qualidade do ensino ministrado nas instituições de formação existentes no país.

“Os avanços conseguidos não devem levar-nos a ignorar as dificuldades e constrangimentos com que o sector da Saúde se defronta. No nosso país, o peso das doenças infecciosas, como o HIV/ SIDA, a malária, a tuberculose e as doenças diarréicas, todas elas agravadas pela desnutrição, é elevado”, disse. “Este facto se explica por um lado pela situação de pobreza em que ainda vive a maioria do nosso povo e, por outro, pela limitada capacidade de resposta do sistema de saúde”, acrescentou.

Durante o encontro de quatro dias, aquele governante referiu-se a algumas fraquezas do Sistema Nacional de Saúde que, segundo ele, vão desde o envolvimento da comunidade nas actividades de promoção da saúde e prevenção de doenças, baixa cobertura geográfica das infra-estruturas sanitárias, falta de medicamentos, artigos e equipamento médico, sobretudo, ao nível provincial, fraca qualidade do atendimento público, entre outros. O Conselho Coordenador é um encontro de prestação de contas, daí a participação de directores provinciais de saúde, médicos chefes provinciais e directores de hospitais centrais e provinciais.

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