Dois veteranos da luta timorense pela independência enfrentam-se nesta segunda-feira na segunda volta da eleição presidencial do país asiático com o maior porcentual de pobres, onde as maiores preocupações do eleitorado são manter a estabilidade e melhorar a economia.
O ex-comandante guerrilheiro Francisco Guterres, conhecido como “Lu Olo”, do partido oposicionista Fretilin, venceu o primeiro turno por estreita margem, em 17 de março, e agora enfrenta José Maria de Vasconcelos, conhecido como “Taur Matan Ruak”, ex-guerrilheiro e ex-comandante do Exército.
O presidente tem função simbólica em Timor Leste, mas contribui com a estabilidade do país, que se tornou independente em 2002, após 27 anos de ocupação indonésia.
O país tem vastas reservas de gás em alto mar, ainda inexploradas, mas 41 por cento do seu 1,2 milhão de habitantes vive com menos de 0,88 dólar por dia, segundo o Banco Mundial.
Centenas de pessoas fizeram filas em assembleias de voto em todo o país.
Os resultados preliminares devem ser divulgados já na terça-feira, mas os resultados oficiais devem ficar para a semana que vem.
A disputa está equilibrada, mas Ruak pode ter uma ligeira vantagem se conseguir os votos do atual presidente, José Ramos-Horta, segundo o cientista político Sérgio da Silva Reis, da Universidade Nacional de Timor Lorosa’e.
Ramos-Horta, vencedor do Nobel da Paz pelo seu papel na luta independentista, foi derrotado na primeira volta da eleição.