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Tete: fiscais florestais capturam armas de fogo

Seis armas de fogo, das quais três do tipo AKM-47 e as restantes de caça, foram confiscadas por fiscais florestais, de um grupo de cidadãos da nacionalidade zimbabweana no interior do distrito fronteiriço de Mágoè, na província central Tete.

Os portadores das armas, que se encontram sob custódia das autoridades policiais, são suspeitos de caçar furtivamente animais selvagens ao longo da faixa fronteiriça entre Moçambique e Zimbabwe. O director distrital dos Serviços Económicos em Mágoè, Jorge Valente, citado pelo matutino ‘Noticias’, afirmou que os indiciados usavam as armas para a caça furtiva e, em outras circunstâncias, para a auto-defesa quando confrontados pelos fiscais no interior da mata.

”A faixa fronteiriça é de grande extensão ao longo do distrito e nós contamos com um efectivo de 16 fiscais, número muito insuficiente, facto que torna o nosso raio de acção insignificante em termos de patrulhamento”, disse o director dos Serviços Económicos em Mágoè.

O responsável apontou ainda que, aliado a este problema, a exiguidade de meios circulantes, quer terrestres como fluviais, atendendo que uma grande área do distrito é banhada pelas águas da albufeira de Cahora Bassa, contribui negativamente para uma realização cabal do trabalho de fiscalização no distrito.

O governo distrital está, desde finais de 2010, a revitalizar os conselhos comunitários para a conservação de recursos florestais e faunísticos, no âmbito de consciencialização sobre a necessidade de combate à caça furtiva, ocupação desordenada de corredores de fauna e monitoria de micro projectos.

Jorge Valente disse que os agricultores estão a receber igualmente capacitação em técnicas de uso de piripiri para proteger as machambas dos elefantes, um dos métodos para a mitigar o conflito Homem/fauna bravia que, mensalmente, resulta na perda de vidas humanas naquele distrito. ”As unidades de fiscalização afectas ao projecto Tchuma Tchatu (nossa riqueza), posicionados em vários postos fixos e móveis, desenvolvem actividades que têm resultado na captura de caçadores furtivos, bem como na apreensão de diverso material usado para a caça furtiva”, acrescentou Valente.

Valente revelou que no ano passado, foram realizados encontros de capacitação dos membros dos conselhos comunitários locais em matéria de gestão, controlo e mitigação do conflito Homem/fauna bravia e métodos para afugentar os paquidermes que estão a destruir áreas de cultivo e celeiros com cereais.

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