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Teste voluntário revela mudanças de atitude

Numa altura em que as estatísticas da província de Nampula (com uma populacão estimada em mais de quatro milhões de habitantes) apontam para 8 por cento de seroprevalência, fazer teste de HIV/SIDA deixou já de ser um mito, a avaliar pela aderência massiva das populações àqueles serviços.

O facto foi constatado no passado dia 14 de Novembro durante a realização de uma feira de saúde em que foram atendidas centenas de pessoas, maioritaraimente jovens. Para aconselhamento e testagem voluntária, o sector de Saúde havia montado tres tendas que ficaram completamente repletas de gente que pretendia conhecer o seu estado de saúde. Para Saozinha Paula Agostinho e Sara Jane, médica chefe provincial e coordenadora provincial do Combate ao HIV/SIDA, em Nampula, as pessoas estão cada mais sensibilizadas sobre as consequências da pandemia.

De acardo ainda com aqueles dirigentes, o governo provincial , em parceria com os cerca de 200 organismos da sociedade civil estão a desenvolver um intenso trabalho educativo nas comunidades, facto que está a contribuir para a mudança de certos comportamentos e consequente redução do índice de propagação da dionça de 9.2 por cento, em 2005, para 8 por cento, em 2009. Alias, em entrevista ao Wamphula fax, alguns utentes daqueles serviços consideraram não haver “espaço para receio”.

Ali Armando e Constantino Chafim, funcionários públicos que efectuam teste regularmente, encorajam aos que ainda receiam, a fazer o teste o cedo possível. O mesmo apelo foi, igualmente, formulado por Angela Maria Acácio Albertina Bacar, estudantes do Escola Secundária 12 de Outubro e do Instituto de Ciências de Saúde, respectivamente. Angela disse ter aderido ao teste “muido cedo” para evitar que lhe aconteça com o que aconteceu com um seu parente em que os familiares se aperceberam do do seu estado de saúde nos últimos dias da sua vida.

Por seu turno, Albertina confessou-nos que antes teve muito receio de fazer o teste, mas ao longo do tempo foi ganhando coragem e hoje assume-se como activista, na sua escola e na família. No decorrer da Feira de Saúde, que tinha por objectivo promover estilos de vida saudáveis, foram feitas algumas demonstranções de ginastica aerobica, educação nutricional, exames laboratoriais de tensao arterial, além dos cuidados visuais e divulgação de mensagens sobre doenças diarreicas.

O programa foi antecedido de uma marcha, por algumas ruas e avenidas da cidade que desaguou no largo do Corredor de Desenvolvimento do Norte (CDN), local da realização do evento.

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