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Teste para descongestionar trânsito foi um stress para os Maputenses

Teste para descongestionar trânsito foi um stress para os Maputenses

Fácil para os de lá e difícil para os que saiam de cá é o que aconteceu no dia em que o Instituto Nacional de Viação (INAV) e parceiros efectuaram o primeiro ensaio de condicionamento do trânsito com tráfego intenso, que facilitou os Matolenses e deixou os Maputenses com os nervos à flor da pele.

 

Vicente Coreia, residente do bairro Liberdade conseguiu reduzir em setenta minutos, o tempo de duas horas que habitualmente passa para chegar ao posto de trabalho, na baixa da cidade de Maputo. “É uma ideia louvável. Há muito que não sentia o tráfego fluir desta maneira”, disse.

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Quem também elogiou a iniciativa foi Orlando Pedro, residente de Malhampswene para quem o INAV devia ter tomado a decisão muito antes. “A ideia é bem-vinda, só não percebo por que demorou”. Em Maputo, Pedro trabalha na zona do Museu. Partindo do bairro onde vive, gasta uma hora e meia para chegar ao trabalho. Hoje poupou quarenta minutos. “Diariamente saio de casa às 6h30 para entrar na empresa às 8h00. Ciente deste condicionamento, decidi sair às 7h10. Com este andar da carruagem acredito que chegarei a horas”, explica.

Dificuldades dos maputenses

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Entre uns e outros a reclamar sobre a fraca divulgação do evento, o contentamento foi se repetindo nas opiniões de muitos automobilistas e passageiros dos transportes públicos e privados, que entravam na capital do país. “Hoje o meu patrão vai apanhar um susto. Devia ser sempre assim. Mais vale tarde, do que nunca. Os organizadores estão de parabéns”, diziam animados os utentes dos transportes públicos e privados, uma sorte, porém, que não acompanhou aos que vinham de Maputo para Matola através das Avenidas Ahmed Sekou Toure e do Trabalho, onde o tráfego era impróprio para cardíacos, devido as aglomerações.

Para os usuários da avenida do Trabalho, o condicionamento do tráfego elaborado pelo INAV e parceiros, peca por não ter previsto a situação dos que saem de Maputo para Matola. “Deviam pensar em todos. Há muita gente que vai à Matola nas manhãs. Agradecia que as autoridades revissem as coisas”, disse um automobilista para depois acrescentar: “apesar de haver pouco fluxo de cá para lá, as faixas de rodagem das vias alternativas em uso, são insuficientes”.

Além disso, o INAV decidiu que os utentes dos Transportes Públicos de Maputo (TPM), dos autocarros de Boane, Mozal, Txumene, Malhampswene, Cidade da Matola, 700, Fomento, Liberdade, Nkobe, Machava Socimol e Expresso Patrice Lumumba, que apanham os transportes nas paragens do Fajardo e Malanga na Avenida 24 de Julho, deverão se deslocar a paragem Tendinha na Avenida Rio Tembe que liga a Avenida do Trabalho e na Paragem do Hospital de Chamanculo no período das 6h00 às 9h00. “Nesta zona está tudo em ordem”, disse um fiscal de trânsito, que foi prontamente desmentido pela multidão do local.

Ensaio positivo

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Apesar dos conflitos que se deram na Avenida do Trabalho, para os mentores do projecto, o ensaio foi bom e digno de balanço positivo. O Vice-Director Geral do INAV, Jorge Muiambo apontou a entrada do rio Tembe e a zona da Romos como os próximos locais por acertar, para garantir um fluxo de peões e viaturas sem sobressaltos. “Notamos alguns riscos para as pessoas que tentam atravessar a estrada partindo do bar Xima para o Instituto Nacional de Seguranca Social. Da próxima vez, controlaremos a situação e vamos improvisar novos sentidos”, disse.

Outra preocupação, segundo aquele responsável, reside no comportamento arriscado dos peões que atravessam a estrada sem observar as regras de trânsito no bairro Luís Cabral. Estamos a preparar um encontro com as estruturas do bairro para darmos uma serie de palestras, das quais a primeira será na quinta-feira”.

Com base nos resultados do ensaio do domingo 6 e quarta-feira 9, o INAV pretende repetir o exercício na segunda-feira 14 de Fevereiro durante uma semana.

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Refira-se que o projecto de condicionamento do trânsito em horas nalgumas vias da cidade de Maputo vai durar dois anos, enquanto as autoridades responsáveis arranjam soluções para reduzir o congestionamento.

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