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Declarações de Presidente Zuma continua a irritar na África do Sul

Declarações de Presidente Zuma continua a irritar na África do Sul

“Quando votarem para o Congressno Nacional Africano (ANC, no poder), escolhem igualmente ir ao paraíso. Quando não votarem para o ANC devem saber que escolhem um homem que usa de um garfo que queima pessoas. Quando tiverem um cartão de membro do ANC são abençoados. Quando forem para o céu, vão deixar-os passar para o paraíso” afirmou o Presidente sul-africano, Jacob Zuma, no fim de semana passado durante um comício improvisado em Mtatha, na cidade do Cabo Oriental

O partido Aliança Democrática, oposição oficial, exigiu imediatamente desculpas, qualificando as declarações de Zuma de “perigosas e incendiárias” e condenam-as como um “ato político vergonhoso e uma chantagem religiosa”.

O Conselho Sul-Africano das Igrejas (SACC) indicou, por seu turno, não aceitar nenhum partido utilizar Deus para obter votos. “É pela segunda vez que utiliza o nome do Senhor durante campanhas para o seu partido. Ele irritou a maior parte dos líderes da igreja”, declarou o presidente do Conseho, Jo Seoka. Este último indicou que o Conselho enviou um e-mail a Zuma para lhe pedir uma audiência e convidou-o a retirar as suas declarações e a apresentar desculpas ao país.

Contudo, o capelão do Governo, Vukile Mehana, explicou que o Presidente utilizava uma figura de estilo e que não deverá ser tomado no primeiro grau. Segundo ele, o Presidente não pode em nenhum caso insultar a comunidade religiosa « porque a respeita ». ” O ANC respeita enormemente o setor religioso e é inimaginável para nos insultar a igreja”, assegurou Mehana. O Movimento Democrático Unido (UDM) lembrou, por seu turno, as precedentes declarações de Zuma segundo as quais, “o ANC reinará até o regresso de Jésus”, para dizer que ele considera igualmente as últimas declarações blasfematórias.

“O UDM leva este assunto a sério; o Presidente é o guardião da Constituição do país. Declarações tão imprudentes estão em oposição direta com a liberdade de expressão e a liberdade de associação prescritas pela nossa Constituição “, frisou o partido num comunicado.

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