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Pesquisadores estão a reavaliar amostras sobre SIDA

Uma equipa do Laboratório Nacional de Referência do HIV/ Sida está a fazer o que se chama “análise secundária dos dados” do Inquérito Nacional de Prevalência, Riscos Comportamentais e Informação sobre o HIV e Sida em Moçambique (INSIDA), de 2009, para encontrar respostas a alguns factores que influenciam a propagação do HIV em Moçambique.

Uma das incógnitas que se pretende decifrar é o que acontece para que haja menores índices de seroprevalência nas zonas rurais, comparativamente às urbanas, que geralmente têm tido maior divulgação dos métodos de prevenção do vírus.

Ilesh Jani, investigador na área de HIV e Sida no laboratório do Instituto Nacional de Saúde, explica que o trabalho em curso “vai levar ao aparecimento de evidências daquilo que não consta do relatório final do INSIDA 2009”.

No momento, estão a ser submetidas à segunda análise as mais de 6200 amostras de sangue de igual número de agregadas familiares que foram abrangidos pelo INSIDA, realizado entre 2009 e 2010, nas 11 províncias nacionais. “É um processo que leva tempo”, assegurou Ilesh. “E envolve uma equipa multidisciplinar”, acrescentou.

Ao longo do presente ano serão emitidos relatórios mais pormenorizados, à medida que forem encontradas evidências dos diversos aspectos das particularidades da pandemia do HIV e Sida em Moçambique.

O que constactou o INSIDA 2009?

Segundo o estudo, o número médio de parceiros sexuais em toda a vida para mulheres e homens, de 15 a 49 anos, aumenta com o nível de escolaridade. Homens de nível superior têm duas vezes mais parceiras sexuais na vida (12,2%) em relação aos de nível secundário (5,8%).

Por outro lado, avança a mesma pesquisa, nas zonas urbanas, a prevalência do HIV é de 15,9%, contra 9,2% nas zonas rurais.  Estas são questões cujos factores de influência poderão ser conhecidos ainda este ano. “Este trabalho vai ajudar no desenho de políticas de combate a este doença em Moçambique”, concluiu Ilesh.

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