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Tempestade causa mortes na Europa e transtornos nos transportes

Ventos com força de furacão atingiram o norte da Europa, esta segunda-feira (28), causando a morte de pelo menos 15 pessoas, cortes de energia e o cancelamento de centenas de voos e viagens de comboio.  Pelo menos sete pessoas morreram na Alemanha e quatro na Grã-Bretanha. Houve vítimas fatais ainda na Holanda, Dinamarca e França, depois de a tempestade ter derrubado árvores, destelhado casas e virado camiões, causando caos em grande parte da região.

Na Alemanha, a queda de árvores matou vários motoristas, pelo menos um homem afogou e uma mulher de 66 anos morreu quando uma parede desabou sobre ela, informou a mídia alemã. A tempestade continuava durante a noite, com rajadas de vento de até 160 quilómetros por hora, deixando um rasto de danos em partes do sul da Grã-Bretanha, antes de se dirigir para o leste.

Um dinamarquês morreu quando a tempestade atingiu a Escandinávia com a mesma força. O sul da Suécia foi atingido por chuvas torrenciais e ventos que derrubaram árvores, bloqueando estradas e destruindo linhas de energia, o que deixou cerca de 50 mil domicílios sem electricidade. Uma menina de 17 anos morreu quando uma árvore caiu sobre sua casa enquanto ela dormia em Kent, sudeste de Londres, e um homem de 50 anos foi morto quando uma árvore esmagou o seu carro na cidade de Watford, ao norte da capital.

Um homem e uma mulher foram encontrados mortos no oeste de Londres, depois de várias casas terem sido danificadas numa suposta explosão de gás numa rua onde a tempestade atingiu uma árvore por baixo. A polícia de Londres disse que a árvore pode ter danificado tubos de gás, causando a explosão. Um guindaste bateu no escritório do gabinete do governo, um ministério no coração de Londres, forçando o vice-primeiro-ministro Nick Clegg a cancelar uma entrevista colectiva.

Volumes fracos nos mercados financeiros de Londres sugeriram que muitos comerciantes ficaram presos em casa, junto com milhões de outras pessoas que normalmente circulam por Londres. O aeroporto de Heathrow, em Londres, informou que 130 voos foram cancelados. A passageira Nozipho Mtshede disse que perderia o velório do seu pai no Zimbábwè por causa do atraso de oito horas no seu voo. Ventos fortes também varreram a Holanda, fechando todo o tráfego de comboio para Amsterdão.

Ventos com força de furacão de mais de 150 quilómetros por hora foram registados numa das ilhas da costa norte holandesa. Árvores desenraizadas danificaram carros, casas e afundaram um barco ao longo de um canal de Amsterdão. Telhados foram arrancados de edifícios e várias casas flutuantes tiveram suas amarras retiradas, disse a polícia.

Uma mulher morreu e duas pessoas ficaram gravemente feridas por queda de árvores na capital holandesa, e um homem de 24 anos, que foi atingido na cabeça por um galho enquanto andava de bicicleta na cidade de Veenendaal, morreu no hospital. Cinquenta voos no aeroporto de Amsterdão Schiphol foram cancelados, e as autoridades do porto de Roterdão, o mais movimentado da Europa, disseram que a entrada e a saída de embarcações foram adiadas.

Na França, uma mulher de 47 anos foi encontrada morta depois de ser arrastada para o mar por uma onda na ilha de Belle Ile, onde fortes ventos geraram ondas de 5 a 6 metros, segundo a guarda costeira na região. Os ventos chegaram a 100 quilómetros por hora, derrubando árvores e cortando o fornecimento de energia para cerca de 75 mil casas, de acordo com a distribuidora de energia eléctrica do ERDF.

Na Grã-Bretanha, cerca de 486.000 propriedades ficaram sem energia eléctrica, disse a UK Power Networks, numa das piores tempestades a atingir a Inglaterra desde a “Grande Tempestade” de 1987, que matou 18 pessoas e derrubou cerca de 15 milhões de árvores. Casas e empresas estavam a calcular os danos, enquanto um porta-voz do Met Office (órgão meteorológico oficial) disse que o pior da tempestade na Grã-Bretanha havia passado até o fim da manhã e se dirigia para o leste.

A Associação de Seguradoras Britânicas informou que era muito cedo para dar números sobre a perda de segurados.

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