Os temores pela situação financeira de países da zona euro e as inquietações com os números do emprego nos Estados Unidos provocaram fortes baixas esta sexta-feira nas Bolsas asiáticas, assim como aconteceu na véspera em Wall Street, e novas quedas no início das sessões europeias.
No meio da manhã, o índice Footsie 100 de Londres perdia 1,08%, após uma queda de 2,17% na quinta-feira. O Dax 30 de Frankfurt retrocedia 0,61% (-2,45% na véspera) e em Paris o CAC 40 cedia 1,14% (-2,75% na quinta). Madri, que desabou 5,94% na sessão anterior, iniciou o dia em baixa de 3,17%, mas conseguiu limitar as perdas a 1,96% após alguns minutos.
A Espanha é, ao lado da Grécia e de Portugal, um dos países da Eurozona que provoca mais inquietações nos mercados pelas finanças públicas. A Bolsa de Lisboa perdia 2,60%. O euro permanecia em queda em relação ao dólar, com a menor cotação desde maio de 2009, a 1,3648 unidade. Na Ásia, as Bolsas foram afetadas pelo nervosismo dos investidores.
Tóquio perdeu 2,78%, Hong Kong 3,33%, Seul 3,05%, Xangai 1,87% e Sydney 2,32%. “As inquietações são mundiais, o sentimento dos investidores está marcado pelos problemas da dívida da Grécia, Espanha e Portugal”, explicou Marcus Droga, diretor associado da Macquarie Private Wealth em Sydney.
Os analistas estão inquietos com o estado das finanças públicas de Espanha e Portugal, tomando como base o caso da Grécia, cujo déficit e dívidas públicas chegaram a um ponto tão ruim que fez com que a Comissão Europeia praticamente colocasse o países em tutela.
Em Nova York, na quinta-feira, os índices voltaram aos níveis de novembro, com o Dow Jones em baixa de 2,61% e a Nasdaq de 2,99%. A América Latina também foi afetada, com baixas de 4,73% em São Paulo, 2,18% no México, 3,81% em Buenos Aires e 2% em Santiago. Além dos problema da dívida na Europa, os investidores ficaram abalados com o anúncio de uma alta inesperada alza do número de novos desempregados nos Estados Unidos, 480.000 na semana passada.