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Subiu quase tudo em Moçambique menos o preço da cerveja que é possível comprar 5 a 100 meticais

Subiu quase tudo em Moçambique menos o preço da cerveja que é possível comprar 5 a 100 meticais

Foto de Adérito CaldeiraAumentou o preço do arroz, óleo, açúcar, carapau, sabão, da cebola, batata, do peixe seco e até dos medicamentos, só não aumentou o preço da cerveja. E a empresa Cervejas de Moçambique(CDM) assegurou nesta quarta-feira(27) que não vai aumentar os preços dos seus produtos e, inclusivamente, tem em curso uma iniciativa que vai permitir aos moçambicanos continuarem a beber e pagar menos dez meticais. Portanto, se está habituado à promoção 3 cervejas a 100 meticais, agora vai poder embebedar-se por 5 pelo mesmo preço.

O director-geral das CDM, Pedro Cruz, revelou nesta quarta-feira(27) em conferência de impresa que a empresa também está a sentir o impacto da depreciação do metical em relação as principais moedas estrangeiras o que “torna as nossas matérias-primas substancialmente mais caras neste sentido temos vindo a trabalhar com o objectivo de encontrar soluções que nos permitam minorar os efeitos negativos da actual conjuntura económica na nossa actividade e que também nos permita defender os interesses dos consumidores ao não aumentar proporcionalmente os preços dos nossos produtos face ao aumento do custo de produção”.

Uma das soluções encontradas pelas Cervejas de Moçambique é a promover o devolução das garrafas de 330ml das marcas de cervejas nacionais 2M, Manica, Laurentina Preta e Laurentina Clara com o objectivo de reduzir a dependência externa, diminuindo as importações de vidro.

“Isso das garrafas pequenas serem para deitar fora é coisa do passado” disse Pedro Cruz detalhando os objectivos da iniciativa “garantir maior controlo do preço ao consumidor, diminuir as nossas necessidades de importação de vidro, poupando divisas ao País, e minorar o impacto ambiental causado pelo lixo das garrafas não retornadas”.

Com isso a Cervejas de Moçambique espera reduzir as importações de vidro em cerca de 268 milhões de meticais e ainda diminuir em cerca de 11,424 toneladas o lixo provocado pelas garrafas não retornáveis. “A diminuição da importação do vidro é um passo importante para conseguir controlar os custos de produção, uma vez que, as importações estão directamente dependentes de divisas estrangeiras”, afirmou o director-geral das CDM.

“Por outro lado este projecto permite ao consumidor poupar 10 meticais por garrafa, sendo que as garrafas retornadas são comercializadas a um preço recomendado de venda ao público de 35 meticais”, concluiu Pedro Cruz.

Esqueça a promoção 3 a 100 meticais, agora pode embebedar-se com 5 cervejas a 100 meticais

Há pelo menos cinco anos que os preços dos produtos das Cervejas de Moçambique não mudam: a 2M, Manica, Laurentina Preta e Laurentina Clara em garrafas que podem ser devolvidas de 330ml são vendidas a preço de 35 meticais enquanto em garrafas não retornáveis custam 45 meticais. As médias, de 550ml, das mesma marcas custam 50 meticais enquanto em latas de 330ml são vendidas a 40 meticais. Já a cerveja Impala custa 20 meticais a garrafa que pode ser devolvida de 330ml e 30 meticais em garrafa de 550ml, vulgo média.

Foto de ArquivoPortanto uma cerveja em Moçambique está mais barata que o quilograma de arroz ou mesmo de açúcar castanho, sendo que o litro de óleo alimentar custa seis vezes mais do que o preço da cerveja Impalas pequena.

Se os moçambicanos têm sido estimulado a beberem 3 cervejas a 100 meticais, uma promoção que as CDM clarificaram não ser organizado pela empresa, agora poderão embriagar-se com 4 cervejas de 330mm a 100 meticais ou ainda embebedarem-se com 5 cervejas Impala pequenas por apenas 100 meticais.

Ainda este mês as Cervejas de Moçambique tornaram público que “(…) apesar do significativo no custo de produção devido ao impacto da desvalorização cambial do Metical sobre materiais importados e serviços” registou no exercício findo em 31 de Março de 2016 um crescimento no volume de vendas em “12 por cento em relação ao ano anterior (…) A receita de vendas foi 17 por cento superior ao ano anterior” e o lucro líquido também aumentou em 18 por cento, indica o Relatório e Contas da empresa monopolista do mercado de cervejas em Moçambique.

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