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STAE reconhece morosidade do censo eleitoral

O Secretariado Técnico de Administração Eleitoral (STAE) reconhece que os níveis de recenseamento eleitoral até aqui atingidos estão abaixo das expectativas. Contudo, este organismo, subordinado a Comissão Nacional de Eleições (CNE),diz estar a trabalhar no sentido de atingir as metas previstas.

Desde o início do censo eleitoral de actualização, a 15 de Junho passado, já foram inscritas 140 mil pessoas. O STAE prevê registar 483.150 eleitores até ao final deste processo previsto para 29 de Julho corrente. “O número corresponde a 30 por cento do universo a recensear e já devíamos estar mais ou menos a metade (50 por cento)”, disse Mário Augusto, Director da Organização e Operações Eleitorais no STAE, falando esta última Quarta-feira à Rádio Moçambique (RM), a emissora pública nacional.

Ele acrescentou que “estamos abaixo, em relação as metas previstas”. Regra geral, a lentidão do processo do recenseamento eleitoral tem sido causada por problemas técnico relacionados com avarias do equipamento (um tipo de máquinas designadas de Mobil ID). Na altura da preparação do censo em curso, o STAE estimava em 70 por cento o nível da operacionalidade destas máquinas. Por causa disso, este órgão eleitoral terá importado acessórios e outras máquinas novas para garantir o andamento normal do processo.

Do equipamento importado, constam impressoras, carregadores, geradores de energia eléctrica, entre outro. Os partidos políticos interessados em participar nas eleições agendadas para o próximo dia 28 de Outubro já começaram a reclamar devido a ‘lentidão’ do processo de registo eleitoral. O partido no poder, a Frelimo, por exemplo, através da chefe da sua Brigada Central em Gaza, Alcinda Abreu, disse à RM que a avaria dos computadores estava a afectar o registo dos eleitores a nível daquela província do Sul do país.

A Renamo, o maior partido da oposição, chegou a remeter uma queixacrime contra o STAE acusando o órgão de estar a sabotar o processo “por causa do seu desleixo”, segundo disse o portavoz deste mesmo partido, Fernando Mazanga.

Para a Renamo, o STAE está a servir os interesses da Frelimo, sendo que as suas “manobras” visam garantir uma alegada vitória fraudulenta deste partido. Por seu turno, o STAE diz que nunca trabalhou com o interesse premeditado de causar problemas.

“Estamos cientes dos problemas que ocorrem e estamos a trabalhar no sentido de os corrigir”, disse o Director da Organização e Operações Eleitorais no STAE.

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