Soldados na Guiné-Bissau libertaram dois políticos importantes que eles haviam detido no golpe de 12 de abril e disseram nesta sexta-feira que iriam aceitar o envio planejado para o país de mais de 600 soldados do bloco regional da África Ocidental Cedeao.
Carlos Gomes Junior, o ex-primeiro ministro e candidato favorito à eleição presidencial, e o presidente interino Raimundo Pereira, foram libertados na tarde de sexta-feira depois de uma visita de chefes militares da Cedeao.
Eles foram levados de avião para Abidjan, na Costa do Marfim, segundo a mídia local em Bissau e um ministro marfinense.
Os dois políticos foram libertados um dia depois de a Cedeao anunciar o envio de uma força para Guiné-Bissau para garantir a volta ao governo civil, e ameaçar sanções contra soldados que bloqueassem o processo.
O golpe aconteceu poucos dias antes do arranque da campanha eleitoral para a segunda volta da eleição do novo presidente da república, deste país africano que vem sofrendo décadas de instabilidade e se transformou numa rota de trânsito para a cocaína da América Latina com destino à Europa.