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Sofrimento na travessia dos rios Mussapa e Lucite finalmente chega ao fim

Quinta-feira (27 de Maio) pode vir a ser um dia “inesquecível” para a população da província central de Manica, particularmente para os residentes dos distritos de Sussundenga, que neste dia vão testemunhar a inauguração de duas pontes pelo Presidente moçambicano, Armando Guebuza, de visita a esta parcela do país.

Trata-se de duas infraestruturas cujas obras iniciaram em 2007 tendo sido financiadas integralmente pelo Orçamento do Estado, num montante de 200 milhões de Meticais. Anteriormente, existiam pontes nos dois rios, tendo sido destruídas, em 1978, pelos bombardeamentos da aviação do regime rodesiano de Ian Smith.

A reconstrução das duas pontes surge ao abrigo da Estratégia Nacional para o Sector de Estradas 2007/2011, um programa orçado em cerca de 158 milhões de dólares, que preconiza a construção ou reabilitação de 11 pontes em sete províncias do pais, muitas delas já concluídas, como, por exemplo, a de Caia, sobre o rio Zambeze, a de Rovuma, Lugela, Guija, entre outras.

As duas pontes têm uma extensão total de 360 metros, sendo que a mais comprida ‘’e a do rio Lucite, com 200 metros e 10 vãos, enquanto a ponte sobre o rio Mussapa tem 160 metros e oito vãos. A reconstrução destas infraestruturas vai fazer com que o posto administrativo de Dombe, em Sussundega, retome à posição de celeiro do distrito, que ocupou antes da destruição das duas pontes e do início da guerra de desestabilização dos 16 anos.

Tudo porque devido aos problemas de acesso e, desde modo, dificuldades de escoamento de excedentes, sentiam-se desmotivadas em aumentar as áreas de cultivo. Na falta destas duas pontes, a travessia de pessoas e viaturas era assegurada através de batelão que era posto fora de serviço durante a época chuvosa, devido à subida do caudal, neste caso do rio Lucite, o que provocava todos os anos a interrupção da circulação de pessoas e bens no trajecto Chimoio- Sussundenga-Dombe-Espungabera, enquanto o caudal não baixasse.

Assim, o distrito de Mossurize, outro grande beneficiário das pontes, ficava isolado da capital provincial, Chimoio, e, como alternativa, quem quisesse chegar àquele ponto do país tinha que usar a via Machaze, percorrendo cerca de 500 quilómetros no trajecto Chimoio-Inchope-Muxungue-Machaze- Espungabera. Uma vez concluídas estas obras, o passo que se segue, segundo o Ministro das Obras Publicas e Habitação, Cadmiel Muthemba, é a asfaltagem da estrada 216, ligando Chimoio, Manica, Sussungenga e Mossurize.

Trata-se de uma via com um intenso tráfego rodoviário, através da qual circulam centenas de viaturas diariamente. A cerimónia de inauguração das duas pontes terá lugar no último dia da Presidência Aberta que o Chefe de Estado moçambicano vem realizando à província de Manica desde a passada segunda-feira, tendo escalado os distritos de Barue e Gondola. Na quarta-feira, Armando Guebuza trabalhou no distrito de Machaze, extremo sul da província.

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