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“Não ao Assassinato de Moçambicanas e Moçambicanas” apelam Organizações da Sociedade Civil em Moçambique

Cerca de 150 Organizações da Sociedade Civil (OSC) moçambicanas, preocupadas com o agravamento do conflito armado no centro do país, apelam para que a Renamo, restabeleça o cessar-fogo e o Governo desenvolva esforços no sentido de encontrar um caminho que assegure a manutenção da paz alcançada há 22 anos.

Esta terça-feira (10), as organizações convidaram a imprensa para manifestarem sua preocupação face à onda de ataques armados em Gorongosa, na província de Sofala, principalmente entre o posto administrativo de Muxúnguè e o Rio Save, na Estrada Nacional número (EN1), actos que se seguiram à suspensão do cessar-fogo unilateral pela Renamo, no passado dia 02 de Junho.

As OSC dizem que em nenhum momento a discórdia entre o Governo e a Renamo deve resultar na suspensão do cessar-fogo nem em matanças indiscriminadas de cidadãos indefesos. “Queremos recordar que os nossos irmãos, pais, as nossas mães, inclusive crianças passaram a constituir alvos dos desentendimentos políticos, da falta de consensos e de diálogo entre as partes. (…) Temos crianças que, neste momento, não estão a usufruir dos direitos mais básicos e fundamentais reconhecidos pela Constituição da República de Moçambique e pela Declaração Universal dos Direitos Humanos [em resultado da guerra]”, afirmam na sua declaração denominada “Não ao Assassinato de Moçambicanas e Moçambicanas”.

Elas sublinham que a Renamo deve reestabelecer e manter o cessar-fogo ora suspenso e abster-se de pronunciar discursos que incitem à violência. Enquanto isso, o porta-voz do partido Frelimo, Damião José, deve igualmente abster-se de usar discursos e terminologias que incitem a tensão políticas, como por exemplo, o termo “Bandidos Armados” e outros menos pacíficos.

As OSC recordam que o conflito que opõe o Governo de Moçambique e a maior força da oposição, a Renamo, já resultou em dezenas de mortes e feridos graves, além da destruição de infra-estruturas públicas e privadas.

“Não sabemos quantos, mas a verdade é única e irrefutável – há muitas moçambicanas e moçambicanos morrendo neste conflitos. Desde o anúncio da interrupção do cessar-fogo, semana passada, pela Renamo houve registo de mais de cinco ataques que resultaram em feridos e mortes”.

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