José Arnaldo Salvado foi despedido do comando técnico dos canarinhos em virtude dos maus resultados que aquela colectividade tem vindo a registar no Moçambola. Apenas alguns “acertos” com a direcção separam Artur Semedo do comando técnico do Costa do Sol.
Volvido um mês depois de o @Verdade, na sua edição 286, ter revelado que “Arnaldo Salvado estava na berlinda” do comando do Costa do Sol, depois de “a direcção do Costa do Sol ter mantido um encontro com a equipa técnica na tarde de segunda-feira (05 de Maio) ”, a corda finalmente rebentou nas hostes canarinhas.
Num encontro havido na manhã desta segunda-feira (09) e à revelia da equipa técnica, a direcção canarinha decidiu formalizar a decisão que há muito havia sido tomada de despedir José Arnaldo Salvado, treinador principal e o respectivo adjunto, Rafael Maposse “Garrincha”. A mesma teria sido dada a conhecer aos visados por volta das 11 horas quando, por obrigações profissionais, deslocaram-se até à sede do clube para planificar mais um dia de trabalho.
Segundo soube o @Verdade, foi o próprio presidente do Costa do Sol, Amosse Chicualacuala, acompanhado por alguns membros influentes da direcção, que informou ao técnico Arnaldo Salvado e ao seu adjunto, Garrincha, que estavam despedidos e “que a cartas de denúncia de contrato, por iniciativa unilateral, poderiam levantar na secretaria no fim do dia ou amanhã de manhã (terça-feira, 10) ”.
Fora das hostes canarinhas, a informação começou a circular por via de uma mensagem telefónica por volta das 13 horas do mesmo dia. Contudo, só a meio da tarde é que a informação foi tornada pública, quando um aparato de jornalistas deslocou-se ao complexo Matchiki-Tchiki para colher mais informações sobre o assunto.
Contrariamente ao que tem sido hábito no Costa do Sol, o que abre uma nova perspectiva nas relações públicas daquele emblema, Amosse Chicualacuala confirmou tudo e, com alguma paciência à mistura, respondeu a todas as perguntas colocadas pelos profissionais da informação.
“Não havia sintonia entre o treinador e os jogadores”
Amosse Chicualacuala apontou várias razões que pesaram para a tomada desta decisão de despedir Arnaldo Salvado e Garrincha, tendo sublinhado três, nomeadamente: maus resultados no Moçambola; a prática de um futebol pouco vistoso que se consubstancia com a falta de disciplina no grupo e a falta de sintonia entre os técnicos e os jogadores.
Aquele dirigente disse, ainda, que não fazia sentido o que se estava a passar com a equipa principal do Costa do Sol, “mesmo depois dos investimentos feitos pelos patrocinadores”. “O mister Arnaldo Salvado disse que não tinha um plantel de qualidade. Mas, é preciso lembrar que, mesmo antes da pré-época, ele trabalhou com um grupo de 40 jogadores do qual ele próprio escolheu aqueles com quem iria trabalhar, com quem seguiu ao estágio pré-competitivo”, esclareceu Amosse, contestando o discurso do treinador.
“Salvaguardámos todos os direitos dos dois treinadores, em função desta decisão. Para nós, eles continuarão quadros do Costa do Sol, pese embora tenhamos decidido cortar o vínculo que deveria durar três anos”, disse o presidente.
Contudo, Arnaldo Salvado já vinha, desde sempre, queixando-se da falta de um plantel de qualidade, sobretudo para o ataque, como também da “indisciplina que era protagonizada pelos jogadores internacionais que por vezes boicotavam os treinos da equipa”.
Artur Semedo a caminho do Costa do Sol
O lugar deixado vago por Arnaldo Salvado será ocupado interinamente por Nelson Santos, até então preparador físico, enquanto Artur Comboio, antigo jogador do Costa do Sol, será treinador adjunto. Isto até à chegada de Artur Semedo e Tiago Machaísse que, conforme soube o @Verdade de um “directivo”, estão neste momento a discutir com a direcção alguns pontos do contrato já elaborado.
