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Siner Segurança vai liquidar salários que deve a mais de 50 trabalhadores a “conta-gotas”

A Siner Segurança promete liquidar o pagamento de quatro meses de salários em atraso a mais de 50 trabalhadores em tranches de quinze dias, num processo que se vai prolongar até ao mês de Dezembro.

Depois de várias tentativas de negociação, os trabalhadores saíram à rua no dia cinco do mês passado e amotinaram-se na Praça dos Trabalhadores na cidade de Inhambane, em protesto contra a falta de pagamento de cinco meses de salário.

Como resultado da greve, o patronato pagou um mês em atraso depois de a Direcção Provincial de Trabalho de Inhambane ter convocado as duas partes (direcção da empresa e trabalhadores) de forma que o problema fosse resolvido de forma pací fica.

Porque nas negociações não se chegou a nenhum consenso, foi criada uma comissão que, na semana passada, se deslocou à sede da Siner, na cidade de Maputo, para falar com o director geral da empresa.

Segundo o secretário do Comité Sindical da Siner Segurança, Reginaldo Amaral, o director geral comprometeu-se a pagar os salários em atraso num período de oito meses, o que signi fica que, para além do salário regular, os trabalhadores passariam a receber um valor correspondente a 15 dias de um dos meses em atraso. “Já nos pagaram o mês de Maio, só estamos à espera do valor referente aos 15 dias de Janeiro.

Porém, a massa laboral diz não estar satisfeita com a modalidade adoptada pela direcção da empresa para o pagamento dos salários em dívida mas “não temos outra alternativa. O nosso desejo era receber o valor dos cinco meses de uma única vez”.

“Pedimos para que efectuassem o pagamento duma única vez. Não concordaram alegadamente porque a empresa tem um valor em dívida no banco. Sempre que as entidades protegidas por aquela empresa fazem depósitos juntos ao banco, este retém o dinheiro para a liquidação da dívida que a empresa tem”, explica Reginaldo Amaral.

De acordo com a nossa fonte, uma parte da dívida que a empresa acumula resulta das constantes violações à legislação laboral em vigor no país. Referiu que há trabalhadores que foram expulsos sem justa causa e cujos casos foram parar ao tribunal.

“Alguns colegas foram expulsos injustamente e ganharam a causa no tribunal. A empresa chega a pagar indemnizações que ascendem aos 500 mil meticais. Esta situação, de certa forma, arruína as finanças da empresa e a crise re flecte-se na vida dos trabalhares em actividade porque a verba para os salários não chega”- lamentou.

“Vamos abandonar os postos de trabalho caso não cumpram a promessa”

Entretanto, apesar de a empresa se ter comprometido a pagar os salários em atraso, os trabalhadores ameaçam paralisar a qualquer momento as suas actividades caso o patronato não cumpra o acordado. “Esta não é a primeira vez que eles (os responsáveis da empresa) prometem e não cumprem. Caso não nos paguem vamos entrar de finitivamente em greve. Abandonaremos os nossos postos até que os nossos direitos sejam repostos”.

Em relação à falta de equipamento de trabalho, que também estava na mesa de negociações, a empresa pediu paciência aos trabalhadores pois a prioridade é ultrapassar a crise de salários.

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