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População de Murrupula preocupada com exploração desenfreada da floresta

Por ocasião do Dia Mundial do Meio Ambiente, que se assinalou no dia 5 de Junho, a nível da província de Nampula as cerimónias centrais tiveram lugar no distrito de Murrupula. Na circunstância, a população local manifestou o seu desapontamento face os níveis de desmatamento da floresta.

Fenícia Bento Salinha, que procedeu à leitura da mensagem da população local, disse que a fauna moçambicana era rica de espécies vegetais de alto valor económico e tinha florestas seculares e virgens, mas nos dias de hoje, devido aos interesses económicos de cidadãos nacionais e estrangeiros, essas espécies, assim como as florestas, foram devastadas em menos de dez anos pelos exploradores de madeira sob a cobertura financeira, sem o uso sustentável, e não tendo em conta as gerações vindouras.

Acrescentou ainda que os moçambicanos envolvidos nas actividades que atentam contra a sobrevivência do meio ambiente como, por exemplo, o corte de árvores para a produção de madeira e escavações de solos e subsolos para a extracção mineira, não têm a noção dos níveis da destruição do meio ambiente.

Porém, a visão dessas pessoas reflecte-se apenas no rendimento para o sustento da sua família e na melhoria das condições de vida que muitas vezes tem sido uma miragem.

E para a definição de mecanismos fiáveis e sustentáveis, urge a necessidade de sensibilizar as comunidades sobre as práticas que podem causar prejuízo ao meio ambiente.

Contudo, defende a responsabilização social e judicial dos prevaricadores da lei que regula a exploração de madeira, recursos minerais e a gestão de lixo, porque se cada um fizer a sua parte, o mundo será transformado e as gerações vindouras viverão sem riscos.

O secretário permanente provincial, António Máquina, afirmou que a escolha do distrito de Murrupula para acolher as cerimónias centrais ao nível da província não foi feita por mero acaso, pois no contexto da situação ambiental da província o distrito enfrenta alguns dos inúmeros problemas com que a província se debate como, nomeadamente as queimadas descontroladas, o desflorestamento, a erosão dos solos, a pressão sobre os recursos naturais e os assentamentos informais, entre outros males provocados, sobretudo, pela acção humana.

“Apesar desses problemas, localmente existem esforços que estão a ser desenvolvidos na tentativa de minimizar os efeitos negativos dos problemas ambientais”, disse Máquina, tendo referido que a comemoração do dia internacional do meio ambiente deste ano sugere aos moçambicanos, em particular, um grande desafio e empenho na realização de acções concretas que concorram para que o nosso país consiga alcançar os objectivos da erradicação da pobreza gerindo bem os recursos naturais.

Isto implica que o plantio de árvores (frutas e de sombra), a preservação das áreas florestais nativas, incluindo a exploração racional e sustentável das mesmas, seja a meta que devemos alcançar para que de facto o planeta em geral e Moçambique em particular se tornem verdes e belos para sempre.

De referir que neste ano o Dia Mundial do Meio Ambiente comemorou-se sob o lema: “Economia verde, rumo ao desenvolvimento sustentável”.

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