A cidade de Maputo está a registar sinais de redução de preço do tomate, no mercado grossista do Zimpeto, situação justificada pela acção dos governos moçambicano e sul-africano no sentido de acabar com a limitação da entrada de tomate da África do Sul, levada a cabo por um grupo de pessoas posicionadas do lado da fronteira daquele país vizinho.
Exemplo disso é que, até Terça-feira, tinham entrado no mercado do Zimpeto 15 camiões de tomate contra os menos de dez que, até Sexta-feira da semana passada, eram possíveis contabilizar.
A caixa de tomate de 22 quilogramas passou a ser vendida a preços que variam de 300 e 400 meticais (o dólar EUA custa a cima de 27 meticais), dependendo do tipo e da qualidade do produto em causa, contra os 500 a 600 praticados durante a crise.
Henrique Arão Seie, da Associação Moçambicana dos Micro Importadores (AMIM), e citado hoje pelo “Noticias a dizer que esse sinal de melhoria na oferta de tomate verifica-se desde o princípio desta semana.
“Com o início da intervenção dos governos dos dois países ficou a impressão de que o grupo posicionado na África do Sul estava a retirar-se pelo que voltamos a ter sinais de livre circulação”, disse Seie, acrescentando que uma coluna de dez camiões partiu quinta-feira para África do Sul, com o regresso previsto para segundafeira.
O comboio é composto por oito camiões de 20 toneladas e dois de sete, que se acredita traga quantidade de tomate suficiente para normalizar o preço de venda deste produto no mercado.
Henrique Seie disse que a ida destes camiões é do conhecimento do Consulado de Moçambique, em Nelspruit, entidade que deverá alertar as autoridades sul-africanas para eventuais tentativas de obstrução da passagem dos referidos veículos.
O problema ocorre desde 5 de Março, quando um grupo de cidadãos moçambicanos posicionou-se pouco depois da fronteira de Ressano Garcia para impedir a entrada de camiões ao país.
A acção foi justificada como uma medida de pressão para a aprovação da intenção de introduzir escalas na importação e comercialização deste produto.
Recentemente, o Ministro da Indústria e Comércio, Armando Inroga, disse que esta era uma actuação ilícita e criminosa da parte dos cidadãos nacionais e em colaboração com sul-africanos e os seus autores seriam responsabilizados criminalmente por esta acção.