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Shoppings dos EUA reduzem horários de funcionamento pela primeira vez em 40 anos

Os shopping centers dos Estados Unidos tiveram que reduzir seus horários de funcionamento por causa da crise, numa mudança “cultural” inédita em 40 anos no país do consumo.

Os shoppings, que ficavam abertos até as 22H00 ou 23H00, começaram há duas ou três semanas a abrir mais tarde e fechar mais cedo.

O grupo australiano Westfield, que administra 55 shoppings nos Estados Unidos, decidiu abrir meia hora mais tarde e fechar meia hora mais cedo, o que representa cinco a seis horas de trabalho a menos por semana. O objetivo é “ajudar os varejistas a economizar, cortar gastos e responder de forma pertinente às mudanças nos fluxos e na demanda dos consumidores”, explicou à AFP a porta-voz Katy Kickey.

Simon Property Group, um dos maiores promotores comerciais do país, que gere mais de 300 shoppings, também reduziu os horários de funcionamento em algumas cidades como Boston (nordeste) ou Pittsburgh (leste), abrindo mais tarde no fim de semana e fechando mais cedo nos dias da semana.

“Queremos funcionar de maneira eficiente e reduzir custos”, comentou o porta-voz Les Morris. Outros grupos, como o General Group Propertires, que passa por dificuldades, e redes de livrarias como Barnes and Noble, também tentam driblar a crise adiantando os horários de fecho. “Reduzimos nossos horários de funcionário, devido a problemas encontrados pelo setor da distribuição e pela influência da crise econômica nos hábitos dos nossos clientes”, explicou a representante Carolyn Brown.

Essas livrarias costumavam ficar abertas todos os dias, inclusive no domingo, até as 23H00. “Reduzir os horários nunca tinha sido feito antes. Alguns shopping centers que existem há 30 ou 40 anos nunca tinham feito isso”, espantou-se George Whalin, consultor no setor comercial, lamentando uma “ruptura cultural”.

“Os horários são parte da cultura dos shoppings. Na minha opinião, reduzir os horários de funcionamento não é uma solução. Prejudicar os consumidores num momento em que eles já não estão gastando muito é uma loucura”, comentou. “Se um cliente chega às 10H00, e a loja abre meia hora depois, vocês acham que ele vai esperar?”, perguntou Whalin.

Segundo um estudo do escritório TNS Retail Forward, a afluência nos supermercados caiu 3,6% em 2008, e diminuiu 5% nas lojas de departamento.

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