Sete moçambicanos e dois indonésios que faziam parte da tripulação do Vega 5 continuam desaparecidos e em parte incerta, na sequência de confrontos registados entre a marinha de guerra indiana e os piratas que haviam sequestrado o pesqueiro da Pesca nova.
Segundo um comunicado do ministério das Pescas, emitido na noite passada, os nove tripulantes desaparecidos teriam, juntamente com um número não revelado de piratas, se atirado ao mar, na sequência do incêndio do Vega 5, provocado pela troca de tiros que antecedeu a recuperação do barco e rendição dos piratas.
Segundo o Ministério das Pescas “os tripulantes resgatados já se encontram em Mumbai sob assistência de uma equipe da Embaixada de Moçambique na Índia e gozam de boa saúde havendo no entanto 3 compatriotas que requerem alguns cuidados médicos por terem contraído ferimentos ligeiros”.
O comunicado indica que uma delegação da Pescamar era esperada ontem em Mumbai, onde ia juntar- se a equipa da Embaixada de Moçambique já posicionada a prestar a assistência aos tripulantes que, deverão repatriados “logo que possível”.
Recorde-se que de entre os resgatados estão 12 moçambicanos e um indonésio. Segundo dados oficiais, dois espanhóis que faziam parte da tripulação original do Vega 5 não se encontravam a bordo uma vez que permaneceram na Somália. Destas, 130 mil beneficiam de anti-retrovirais e cerca de 500 mil precisa do tratamento.
Manguele comentou ainda em relação a norma que no ano passado foi emitida pelo Ministério da Saúde dando conta que as farmácias poderiam continuar a vender alguns fármacos com data de validade expirada, alegadamente porque havia ainda um tempo de graça aconselhável para o consumo humano.
“Em Junho se pedia ao povo para tomar medicamentos fora do prazo porque não havia outros. Mas, em princípio, medicamento fora do prazo é para serem destruídos” – disse Manguele para depois garantir que as autoridades estão a esforçar-se no sentido de garantir a reposição do stock em todo tipo de medicamentos necessários para o país.
