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SELO: O custo de vida em Moçambique – Por Júlio Khosa

A situação a que somos sujeitos no nosso país atingiu níveis mais alarmantes! Estamos perante uma situação do capitalismo selvagem, de exploração do homem pelo homem! Não há piedade! Tolerância zero! É tudo ou nada! Quem será o nosso messias? Parece-me que o capítulo 24 do evangelho de São Mateus, da Bíblia Sagrada, está se cumprindo aqui em Moçambique! O apóstolo Paulo também, quando escrevia para Timóteo, no Capitulo 3 da segunda carta ao Timóteo, prevendo os últimos dias, avançou muitas características que encontram lugar no que estamos vivendo no nosso país! Só falta o cumprimento da profecia do apóstolo João, no último seu último livro da Bíblia, Apocalipse, ou simplesmente, Revelação! Seria isso, na verdade, o fim do mundo! Uma das passagens Bíblicas do Êxodo 7:14 está acontecendo com o governo da Frelimo a endurecer o coração para não se alcançar a paz que tanto almejamos. A respeito disso um dos meus amigos lembrava-se da telenovela Os Dez Mandamentos, e socorria-se naquelas pragas para explicar o cenário de Moçambique.

Até que ponto isto vai continuar nos fustigando?

Nos mercados, tanto formais oi informais, o agravamento de preços de produtos é um fenómeno descontrolado, que os preços a cada dia que passa estão sempre subindo sem uma meta prevista. A situação agrava-se com a constante subida do câmbio de dólar norte-americano e do rand sul-africano. O metical esta cada vez mais perdendo o seu valor de compra face as duas moedas estrangeiras. Tudo isso acontece devido as malditas crises política e económica do país! A guerra vivida no centro e norte do país afugenta os investidores e dificulta a livre circulação de pessoas e bens me todas as régios do país. A dívida pública é um bicho muito gigante que sujeitou o país às sanções impostas pelas instituições de Breton Wood (Banco Mundial e Fundo Monetário Internacional – FMI) e os parceiros do governo (Grupo 19) devido a corrupção generalizada e ma aplicação dos fundos alocados ao Estado Moçambicano.

A falta de consenso no debate político para a paz é mais um problema que ofusca a esperança do povo moçambicano em ver resolvida a situação das duas crises.

A situação se torna mais grave ainda com os posicionamentos assumidos por ambas partes no diálogo, Frelimo e Renamo. Todas são extremistas. Nenhuma quer ceder. Enquanto a Renamo exige a materialização do seu objectivo de governar as seis províncias, a Frelimo quer que a Renamo seja desarmada a todo o custo muito antes da implementação da sua governação. Existem outros pontos avançados pela Comissão Mista que discute as soluções para a paz em Moçambique, na Assembleia da República.

A mim custa-me acreditar que com esse extremismo de posições de ambos partidos seja possível alcançar a paz que esperamos antes das eleições de 2019. Custa-me acreditar que a Frelimo vai ceder para a Renamo governar nas seis províncias. Como também, custa-me acreditar que a Renamo ira ceder para que o seu braço armado seja eliminado pela Frelimo. Pelo que vejo, ainda vai se derramar muito sangue até 2019!

A Renamo é forte porque goza do seu braço armado e a Frelimo chega a ceder para desarmar a Renamo. Só que neste caso, não vejo nenhuma cedência em abas partes. Ceder da parte da Renamo, significa o fim da oposição e instauração de um Estado Militar em Moçambique. Um Estado com um governo de ditadura! A cedência da parte da Frelimo, significa aceitar que Armando Guebuza (Antigo PR), Manuel Chang (Antigo Ministro de Finanças) e Filipe Nyusi (Actual PR) sejam julgados pelo endividamento público e a consequente instituição de um verdadeiro Estado de Direito Democrático. Só neste trecho, ficou claro que a solução que o povo merece é difícil de materializar, pois, um dos implicados na actual crise económica do país é o próprio Presidente da República de Moçambique, Filipe Nyusi, que, com recurso a mecanismos políticos, o seu braço político (Exército do país e Assembleia da República), tenta estrangular a Renamo de tal maneira que possa terminar o seu mandato e devolver o poder em 2019 a quem o incumbiu (que não o povo).

Não há verdadeira vontade política de governar Moçambique com transparência para que o povo pare de sofrer devido aos interesses partidários. Cada partido pensa por si. Mesmo nos pronunciamentos da Renamo, para quem estiver bem atento poderá notar que não há espírito de inclusão política, económica e social para o bem de to os moçambicanos. A Renamo não quer se misturar com a Frelimo pior com o MDM.

Portanto, ainda estamos longe de alcançar a paz que esperamos. A única possibilidade que se pode esperar da Renamo é que poderá disciplinar o comportamento da Frelimo e restabelecer um novo Estado de Direito Democrático que também, não será a custo zero. Haverá necessidade de disputa ente as forcas politicas incluindo uma participação massiva e bem forte das organizações da Sociedade Civil para que o cenário político nacional respeite e cumpra com os direitos de todos os moçambicanos.

Enquanto isso, o custo de vida em Moçambique vai gerando muitas inimizadas na sociedade. Nas grandes cidades vai gerando muitos ladrões, criminosos, larápios, malfeitores, usurpadores, prostitutas, saque a mão armada, roubo de viaturas, telemóveis, carteiras e muitos bens da população moçambicana pois o custo de vida terá atingido níveis muito alarmantes a ponto de constituir um caos. O mais incrível é que o Ministro de Economia e Finanças não previa isto! Garantiu que o povo ia se dar bem, não seria cobrado nada! Esqueceu-se que a economia é influenciada por vários factores: sociais, políticos, culturais, etc.

O Banco de Moçambique não estará em altura de controlar a situação económica do país pois, o pais mais importa do que exportar. O governo procura mais dólares para pagar a divida publica no estrangeiro. Escasseiam os dólares. Agravam-se os impostos. Enceram muitas empresas pois nada produzem mas o governo que que pagam impostos mensalmente. Os funcionários do Estado, os seus salários continuam magros mediante uma situação em que o preço dos produtos agrava-se em mais de cem por cento.

Se com cento e cinquenta Meticais, um agregado familiar de quatro membros já não pode fazer uma refeição ao dia, aquele funcionário publico que aufere três mil e quinhentos por mês, o que fará para a sua sobrevivência? Patriotismo não é? Amor a pátria! Kkkkkkkk… É triste. Nada pode fazer senão comer onde estiver amarado. E se for num lugar sem capim esse vai rebentar a corda. Isso só vai agravar mais a corrupção. Vai fragilizar cada vez mais a justiça no país. Vai perigar cada vez mais a segurança dos cidadãos por falta de proteção ou segurança. Nas rodovias, a polícia de trânsito já não se importa com a documentação. Se tiver documentação completa são problemas. Se não tiver documentação completa é uma vantagem, pois, vais pagar. Está-se mal. Estamos no país do pandza!

O mais agravante é que o Estado quer tirar dinheiro para pagar divida onde não há dinheiro. O cidadão é sacrificado para pagar divida publica! Será que o povo moçambicano é bode expiatório? Duvido muito. Se não surgir um Messias para nos salvar, três cidadãos que endividaram o país deverão ser sacrificados para alcançarmos a paz e o desenvolvimento de Moçambique. O governo negou a auditoria externa. Por quê? Kkkkkkkkkk… Senão o PR caia também. Logo, não há paz nem desenvolvimento. Teremos de suportar os ping-pongs até 2019. A Renamo pode esquecer a entrega do poder nas seis províncias de bandeja. Até nas próximas eleições.

Por Júlio Khosa

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