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SELO: As instituições de ensino superior em Moçambique, um debate recorrente entre quantidade e qualidade – Por Miguel Luís

Neste acto rotineiro de ver e revelar as vicissitudes das quais se apruma o desenvolvimento do nosso país, que me parece elegante chamá-lo “Reflectir Moçambique”, tenho me deparado com a situação subjacente ao título em epígrafe, que pela intensidade com a qual se tem verificado acredito ser do domínio público.

A força motriz de qualquer que seja a nação é o factor humano. Porém, como temos visto não nos é suficiente ter os tais milhões de habitantes superiores a outras nações que tem menos habitantes que nosso Moçambique e são desenvolvidas, é necessário ter uma população bem formada e disposta a servir o país com dignidade. Daí que em parte seja necessário um maior número de instituições do ensino superior que formem os habitantes deste Moçambique em desenvolvimento.

Nos últimos anos tenho visto a proliferação de instituições de ensino superior, o que tendo em conta o exposto no páragrafo anterior seria de louvar. O problema que se coloca é que a maioria das instituições em causa não tem respondido a questão relacionada à qualidade, mas sim a quantidade. Surge em cada canto do país instituições de ensino de mérito duvidoso, que apenas se preocupam em atribuir diplomas aos seus estudantes e não a lhes transmitir conhecimentos e valores inerentes a cidadãos íntegros.

Existe no Governo central uma instituição responsável por traçar a matriz relativa ao programa de formação de ensino superior, e compete a instituição em causa a concessão de licenças para que os centros de formação superior idóneos se dediquem à formação do dito capital humano.

A pergunta que me coloco nos tempos presentes é quais têm sido os critérios para se considerar uma determinada instituição idónea para operar no ensino superior, pois tenho visto instituições de variada índole, das quais algumas pouco fazem senão apenas alargarem o número de instituições existentes, já que em termos qualitativos pouco tem para oferecer ao país.

É tempo de o ministério responsável pela pasta em causa reformular o programa, pois pelo que me consta temos caminhado, como nas outras áreas, para uma situação em que o crescimento não é acompanhado pelo desenvolvimento. A quantidade desprovida de qualidade só nos leva a uma situação de ineficiência, em que apenas gastamos recursos com banalidades, e não se nota um benefício palpável e salutar para o progresso do país.

Por Miguel Luís

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