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Segundo terremoto abala o Equador poucos dias após outro ter causado a morte de pelo menos 500 pessoas

Um terremoto de magnitude 6,2 atingiu a costa do Equador nesta quarta-feira, poucos dias depois de um tremor ainda mais forte ter abalado a área e matado quase 500 pessoas, golpeando a economia já frágil do país.

O sismo mais recente aconteceu a 70 quilómetros da cidade litorânea de Esmeraldas, às margens do Pacífico, e a 10 quilómetros de profundidade, informou o Centro de Alertas de Tsunami do Pacífico –- numa área próxima ao epicentro do terremoto de magnitude 7,8 de sábado.

Testemunhas na região disseram que dois tremores fortes de cerca de 30 segundos cada foram sentidos nas primeiras horas do dia em Cojimies, mais ao sul da costa em comparação ao sismo do final de semana. As pessoas acordaram e correram para as ruas. Nenhum alerta de tsunami foi emitido.

O terremoto não foi sentido na capital Quito, que fica em uma área mais elevada, e não surgiram relatos imediatos de danos. O Instituto Geofísico do Equador afirmou que um terremoto de magnitude 6,2 ocorrido às 3h33 do horário local foi seguido por uma série de tremores secundários. O Instituto Geológico dos Estados Unidos (USGS, na sigla em inglês) estimou a sua magnitude em 6,1.

O sismo de sábado matou 480 pessoas, deixou 107 desaparecidos e mais de 4.600 feridos. Cerca de 1.500 edifícios foram destruídos, houve inundações de lama e ruas foram rasgadas ao meio. Cerca de 20.500 pessoas tiveram que dormir em abrigos.

Supervisionando os trabalhos de resgate na zona do desastre, o presidente equatoriano, Rafael Correa, disse que o terremoto de sábado infligiu um dano de 2 a 3 bilhões de dólares à economia do país dependente de petróleo e que pode reduzir o crescimento da nação em 2 ou 3 pontos percentuais.

A queda na arrecadação do petróleo devido à redução do preço da commodity já vinha obrigando o Equador, nação andina pobre de 16 milhões de pessoas, a encarar um crescimento quase zero, cortes nos investimentos e a busca de financiamento.

Em muitas vilas ou cidades mais isoladas, os sobreviventes sofrem com a falta de água, electricidade e transporte, embora a ajuda esteja chegando aos poucos. Estádios de futebol no norte e no sul da costa equatoriana estão servindo como centros de distribuição de ajuda e necrotérios improvisados.

Os socorristas estão a perder a esperança de encontrar novos sobreviventes, embora os familiares dos desaparecidos implorem para que insistam nas buscas.

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