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Secretário de célula no Intaka é acusado de burla

Os moradores dos quarteirões 21, 22 e 23 no bairro de Intaka, no município da Matola, estão de costas voltadas com o secretário da célula 26, Sebastião Júnior, supostamente por este ter usado indevidamente um dinheiro colectado para a electrificação da zona, a partir de Janeiro em curso. O projecto para o efeito já está em curso, porém, três quarteirões foram excluídos por motivos não claros, o que degenerou num clima de cortar à faca.

Segundo os lesados, no ano passado, a empresa pública Electricidade de Moçambique (EDM) anunciou, através da Rádio Moçambique, que o bairro de Intaka seria totalmente electrificado logo em Janeiro, mas no terreno há casas que vão permanecer às escuras. o que já está a acontecer, mas três quarteirões foram excluídos, pese embora as pessoas tenham criado condições para deixarem de viver às escuras, pese embora os donos tenham criado condições para evitar isso.

A insatisfação desses residentes é de tal sorte notória devido ao facto de, além de os mesmos terem ajudado a empresa Electrotec – contratada pela EDM para executar os trabalhos de electrificação – a custear algumas despesas de combustível da pá niveladora, buldózeres, dentre outros equipamentos, o secretário da célula 26, exigiu o desembolso de 200 meticais por cada família, mas já não se sabe a que destino foi dado ao valor.

Na tentativa de esclarecer este problema, os habitantes e o secretário de célula reuniram-se na quarta-feira (15) passada na Escola Primária 24 de Julho, porém, nada do que foi dito agradou aos moradores e exigem justiça.

“Ficámos estupefactos com a notícia de que os quarteirões 21, 22 e 23 não seriam abrangidos pela electrificação, apesar de termos desembolsado dinheiro para o feito”, disse Gonçalves, porta-voz dos residentes que se sentem burlados.

Sebastião Júnior, o homem que foi arrestado da sua casa para esclarecer o que se passou a ponto de o projecto terminar no quarteirão 20 e, sem beneficiar os do meio, ter continuado no quarteirão 24, disse que todos terão energia eléctrica mas não nesta primeira fase porque os Postos de Transformação (PT) são apenas três e deve-se aguardar pelo novo equipamento.

“Basta de sermos extorquidos: antes do arranque do projecto, cada família desembolsou 200 meticais para organizar as ruas com vista a facilitar a circulação dos carros da EDM, por isso, não entendemos a razão da exclusão”, desabafou Amélia Dias, moradora do quarteirão 21.

Joana Dimande, residente do quarteirão 22, disse que não entende por que motivo há dualidade de critérios, apesar de todas as famílias terem garantido o pequeno-almoço para a equipa da EDM, além dos 200 meticais colectados por cada domicílio.

Sobre este assunto, o @Verdade procurou ouvir o Departamento de Estudos e Projectos na Direcção Provincial da EDM, onde não foi possível obter nenhum esclarecimento alegadamente porque o chefe da área não estava autorizado para falar à Imprensa.

O porta-voz da instituição, Alberto Banze, o qual nos foi indicado como a pessoa certa para o efeito, disse que estava de férias, por isso, indicou-nos a directora da área, a qual não se encontrava no seu posto de trabalho. Ainda assim, ficámos duas horas à espera dela mas em vão.

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