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Seca pode agravar focos das queimadas

As estatísticas apontam que as queimadas descontroladas são responsáveis pela degradação de 25 a 40 milhões de hectares de terra por ano. O plano de acção para a prevenção e combate às queimadas aprovado em 2008 aponta para a necessidade de se reduzir as queimadas descontroladas em 10 porcento até 2018. 

De acordo com Ana Chichava, o cenário da seca não afecta apenas o nosso país, mas toda a região devido à influência do fenómeno conhecido por El-Niño, daí constituir preocupação da SADC acelerar as medidas de mitigação de possíveis impactos. Segundo a mesma fonte, os registos existentes apontam que a situação foi mais crítica em 2008, ano em que o país chegou a registar grandes prejuízos devido às queimadas. Em 2009 a situação não piorou mas também não houve melhorias assinaláveis.

 

“Por isso mesmo é que achamos que em 2010 é preciso reforçar as medidas de mitigação, atendendo que também temos o problema da seca.Desde Julho começámos a ter problemas e Outubro e Novembro é que temos o pico por causa da preparação das terras para o cultivo. A situação é mais grave quando não chove.

Agora com o problema da seca, principalmente no sul do país, a situação tende a agravar-se, porque o capim está seco e propicia uma rápida propagação do fogo”, sublinhou. Apesar de ser um fenómeno que atinge todo o país, a situação é considerada crítica nas províncias do Maputo, no sul, e de Sofala, Manica e Zambézia, no Centro.

“A situação não é muito boa, mas estamos a trabalhar nas comunidades com educadores ambientais. Cada distrito, posto administrativo e localidade tem um grupo de activistas educadores ambientais e um dos temas abordados são as queimadas descontroladas. Ao mesmo tempo, estas equipas estão a recolher as boas práticas para, a nível local e sem grandes custos controlarmos as queimadas.

O mais importante é que as comunidades percebam que as queimadas criam problemas a partir do momento que deixam de ter controlo”, disse. Falando no intervalo do encontro regional sobre gestão das queimadas descontroladas, a fonte indicou, por outro lado, que as mudanças climáticas apresentam-se como um factor de risco a ter em conta para a propagação dos fogos.

“No país aprovámos um plano de acção para o controlo e combate às queimadas descontroladas. Sendo uma actividade que constitui um desafio para Moçambique, estamos à procura de alternativas regionais e internacionais para mitigar os seus impactos. O problema não é só com Moçambique, mas é também regional, daí que acolhemos a preocupação da SADC em encontrarmos um consenso sobre como lidar com o problema e trazer o workshop para o nosso país para a adopção de um programa transfronteiriço.

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