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Saúde alerta para prevenção de doenças diarreicas

As autoridades de Saúde da Cidade de Maputo alertam os residentes desta urbe para observarem permanentemente medidas de prevenção de doenças diarreicas, em espacial a cólera, na sequencia das chuvas intensas ocorridas na última quarta-feira, na capital moçambicana.

A direcção de Saúde da Cidade de Maputo chama atenção para a necessidade de a população se prevenir também da malária, uma doença que é a primeira causa de mortalidade em Moçambique e da procura dos cuidados de saúde.As chuvas registadas na última quarta-feira resultaram em inundações em vários bairros e zonas residenciais da cidade de Maputo, o que cria condições propícias para a ocorrência de doenças.

 

Esta instituição recomenda que a população deve, em caso de suspeita de cólera, dirigir-se imediatamente a unidade sanitária mais próxima para receber cuidados médicos, consumindo sempre água limpa e tratada. Alerta-se a população para manter a higiene individual e colectiva, higiene dos alimentos, utilização e armazenamento correcto da água, bem como utilização correcta das latrinas.

“A população deve tomar banho, lavar as mãos sempre antes das refeições e depois de usar o sanitário, lavar os alimentos sempre com agua limpa antes de consumir, ferver a água ou usar certeza, controlar o saneamento do meio ambiente, incluindo a deposição ou eliminação de dejectos (fezes) humanos e eliminação correcta do lixo”, sublinha um comunicado de imprensa da direcção de Saúde da cidade de Maputo. As chuvas registadas na última quarta-feira atingiram cerca de 100 milímetros, tendo transformado o asfalto das rodovias em autênticos leitos, dificultando a circulação de viaturas, sobretudo de pequeno porte.

A principal drenagem da cidade de Maputo, que parte do bairro da Malhangalene até ao Vale do Infulene, que também é alimentada com “afluentes” vindos dos bairros do Aeroporto, Mavalane, Urbanização e Mafalala, foi pequena demais para escoar as águas pluviais, tendo transbordado impedindo a livre circulação de viaturas e pessoas. A queda de chuvas a ponto de inundar as artérias da cidade e desalojar pessoas recorda as cheias de 2000, em que vários bairros sofreram as consequências da falta de saneamento do meio. Os crónicos bairros de Chamanculo, Munhuana e vários outros com sérias deficiências de saneamento não escaparam aos efeitos das chuvas.

Nos bairros periféricos da urbe, os residentes cujas casas estão em zonas baixas ou que os solos não têm capacidade de absorver a água das chuvas tiveram uma noite mal dormida. Os residentes foram forçados a acordar e combater a fúria das águas, improvisando barreiras ou então tirar a balde as águas dentro dos seus lares. A zona baixa da Cidade de Maputo, na Avenida 25 de Setembro, ficou completamente submersa com os estabelecimentos comerciais situados nas imediações invadidos pelas águas das chuvas, provocando enormes prejuízos ainda por quantificar.

As intensas chuvas são resultantes de um sistema de baixas pressões que se formou no Botswana, no dia 23 de Janeiro corrente, e nesta fase a tendência é de se deslocarem para o Oceano Índico, atravessando África do Sul e Moçambique e resultando em chuvas.

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