A Samsung Electronics vai substituir os telemóveis Galaxy Note 7 equipados com baterias propensas a pegar fogo e interromper as vendas do produto em 10 mercados, num revés significativo para o que vinha sendo uma recuperação da área de dispositivos móveis do grupo.
Koh Dong-jin, diretor da divisão de celulares inteligentes da Samsung, afirmou a jornalistas que lamenta o recall e que a substituição vai afectar mercados que incluem a Coreia do Sul e os Estados Unidos da América, mas não a China, onde o aparelho foi equipado com uma bateria diferente.
O anúncio desta sexta-feira ocorreu duas semanas depois do lançamento do aparelho e após relatos de que o celular que custa 988,9 mil wons (885 dólares) pegou fogo enquanto estava sendo carregado na tomada.
“Não consigo dizer quanto será o custo, mas me dói no coração o facto de que será um número grande”, disse Koh.
A escala do recall não tem precedentes para a Samsung, que se orgulha da sua força produtiva. “Estou mais preocupado sobre a potencial redução nas vendas do que com os custos do recall”, disse o analista Jay Yoo, da Korea Investment & Securities. “O recall provavelmente será um golpe para o resultado (da empresa).”
A Samsung afirmou que as vendas do Note 7 serão retomadas nos mercados afectados assim que a empresa lidar com o recall, um processo que deve levar duas semanas.
A divisão de celulares da Samsung foi responsável por cerca de 54 por cento do lucro operacional da companhia no primeiro semestre, de 14,8 trilhões de wons.