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Rodésia do Sul e amarelecimento letal do coqueiro provocam celeuma na AR

Uma gaffe cometida pelo Governo no seu documento contendo a proposta do Plano Económico e Social para 2011 de continuar a chamar o Zimbabué pela sua antiga designação colonial de Rodésia do Sul resultou em celeuma, esta quarta-feira, no interior da sala de sessões de trabalhos da Assembleia da República (AR) durante cerca de uma hora.

 

 

A algazarra foi amainada quando a presidente da AR, Verónica Macamo, aceitou não considerar de adenda um documento enviado pelo Governo a emendar o nome daquele país vizinho e considerar a doença de amarelecimento letal do coqueiro, na Zambézia, como uma das causas principais do incremento de 9,9 milhões para 11,7 milhões de moçambicanos em situação de pobreza alimentar, entre 2002/3 e 2008/9.

O Governo cometeu outra gaffe ao remeter directamente à Comissão do Plano e Orçamento da AR um documento contendo as referidas correcções sem antes ter passado pelo gabinete da presidente do Parlamento e sem assinatura do Primeiro-Ministro, Aires Ali, o que provocou ira da bancada parlamentar da RENAMO que quis saber as razões desta situação “que constitui um atentado ao Regimento da Assembleia da República”, segundo o deputado Samo Gudo.

Ainda sobre a pobreza, o Executivo esclareceu no seu documento que a actual taxa de 54,7% de incidência da pobreza, em Moçambique, não é uma média de todos os indicadores de pobreza, uma vez que não avalia o acesso à água, educação, saúde, posse de bens como bicicletas e rádio “que registaram melhorias significativas”.

Avança o Governo esclarecendo que a taxa reporta a situação da pobreza alimentar, definida como sendo a proporção da população que tem um rendimento médio diário inferior a 18 meticais, valor necessário para assegurar cerca de duas mil calorias diárias.

Rodésia do Sul

Quanto à Rodésia do Sul, a designação foi referenciada no Plano Económico e Social para 2011, formalmente apresentado ao Parlamento esta quarta-feira quando o Governo quis justificar o crescimento global de 10,4% da taxa do sector dos Transportes e Comunicações como reflexo da implementação da estratégia para o desenvolvimento integrado do sistema dos transportes recentemente aprovado.

No plano estão programadas acções que visam alterar a estrutura da infra-estrutura e dos serviços de transporte que servia para ligar as zonas do interior da África do Sul, “Rodésia do Sul” e Malaui ao mar.

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