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Restabelecida ligação entre celeiros de Memba

Eram cerca das 9.30h de sexta-feira, 3 de Junho, quando o Chefe do Estado, Armando Guebuza, procedeu à inauguração da ponte sobre o rio Muculumba, que faz a comunicação rodoviária entre os postos administrativo de Mazua e Chipene, distrito costeiro de Memba.

Marcava-se, assim, o término de um longo periodo de sofrimento das populações das duas margens que clamavam pela reconstrução daquela infraestrutura destruída pela furia das águas e vandalizada no tempo da guerra civil entre o governo da Frelimo e o então Movimento de Resistência Moçambicana (Renamo) e cuja atravessia era efectuada por meio de vários riscos.

Localizada na estrada R705, a ponte dista dez quilómetros e meio do rico posto administrativo de Mazua e dezassete e meio do de Chipene, descrito como celeiro de todo o distrito de Memba.

A reabilitação da ponte pela empresa Opway-Engenharia, através dos fundos do Estado, veio proporcionar no seio da população de ambos os postos administrativos uma enorme satisfação, que se consideram aliviadas dos constantes afogamentos, ataques de crocodilos e de cobras aquáticas, segundo explicou Fernão Abacar Tanune, do regulado Mawala.

De acordo com aquele lider comunitário, desde que a ponte foi destruída, o processo de atravessia de pessoas e bens foi sempre efectuado mediante um pagamento monetário que variava entre 5 a 10 meticais para peões, 75 a 300 meticais para motorizadas e 200 a 100 metiais para viaturas.

As palavras do régulo Mawala viriam depois a ser confirmadas por Júlio Pissale, agente económico e membro do conselho consultivo de Chipene, que, em 2006, viu a sua viatura a ser arrastada pela fúria das águas, 45 dias depois de entrar em circulação.

A viatura teria sido adquirida no valor de 250 mil meticiais, provenientes dos Fundos de Desenvolvimento Distrital ( FDD), com a finalidade de apoiar actividades de escoamento de produtos dos camponeses e abastecimento da região em produtos de primeira necessidade.

Pissale diz que a recuperação da viatura, baptizada com a designação de “Combate á Pobreza”, acarretou elevadas somas em dinheiro Visivelmente emocionado com a reabilitação da referida ponte, aquele agente económico anunciou, perante a presença do Chefe do Estado, a redução da tarifa de transporte entre Chipene e Mazua e vice-versa, dos anteriores 80 meticais para 50 meticais.

O Presidente da República instou a população no sentido de conservar convientemente aquela infra-estrutura porquanto trata-se de um bem público de grande alcance sócio-económico. As obras da ponte, que tem 138 metros de cumprimento e 6,5 de altura, duraram cerca de um ano e custaram mais de 47.700 mil meticais.

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