Novas técnicas de irrigação de plantas erguidas ao nível das comunidades, no quadro da iniciativa presidencial denominada “Um líder, uma floresta” e “Um aluno, uma planta” estão a ser disseminadas pelo Chefe de Estado, Armando Guebuza, nas visitas de trabalho que efectua, desde semana passada, às províncias nortenhas de Nampula e Cabo-Delgado.
A medida tem em vista o uso racional da água no processo de rega, factor determinante para o crescimento de fruteiras e de árvores de sombra que, nalgumas vezes são plantadas em locais secos e sem condições hídricas.
Segundo o Presidente Guebuza, com uma reduzida quantidade de água podem-se irrigar extensas áreas de florestas comunitárias, cujos números apontam para uma crescente evolução, sobretudo, no campo rural.
Neste ano, que é igualmente o Ano Internacional da Floresta, queremos dirigir uma palavra de apreço aos nossos lideres comunitários, aos alunos e aos professores que, mesmo perante os desafios de variada índole, se empenham em lançar , proteger e acarinhar plantas , contribuindo, deste modo, para o reflorestamento, produção de material lenhoso, de fruta, e para a purificação do ar, bem como para a preservação da biodiversidade. Afirma Guebuza em Comunicado de imprensa distribuído sábado.
No qual sublinha, ainda, que, no contexto destas celebrações, importa observar que as mudanças climáticas são uma realidade na nossa pátria amada. E reitera uma exortação para que cada um de nós use todos os pretextos possíveis para lançar mais uma planta, como forma de mitigar o impacto destas mudanças climáticas.
Tendo em consideração que os nossos recursos naturais são, na sua maioria, esgotáveis, devemos todos contribuir para o seu uso racional e sustentável para que gerem a nossa prosperidade , no presente e no futuro.
À luz desta experiência, uma planta pode consumir durante quatro dias, um litro e meio de água, segundo confirmou ontem, por ocasião do Dia Mundial do Ambiente, Armindo Gove, administrador do distrito de Nampula.
Refira-se que, ao nível da província de Nampula, as celebrações tiveram lugar em Rapale, sede do distrito do mesmo nome, antecedidas do plantio de cerca de 500 plantas de jambir, chanfuta e casuarina no povoado de Topene. Tratase de uma comunidade que tem vindo a notabilizar-se na prática de reflorestamento.
Possui uma área de quatro hectares, com cerca de mil plantas, maior parte das quais plantadas no passado dia 3 de Março e que se apresentam em bom estado vegetativo, segundo fontes próximas ao projecto. Orientadas pelo director provincial para coordenação ambiental, Armindo Chaúque, as cerimónias contaram com a presença de alguns membros do governo provincial, do distrito de Nampula e técnicos do sector do ambiente.
Os vários discursos proferidos na ocasião incidiram na importância do aumento do número de florestas comunitárias e na necessidade da população participar colectiva ou individualmente na preservação do ambiente, evitando, sempre que possível, o desmatamento, as queimadas descontroladas, o uso desregrado do solo, entre outras acções nocivas.
Os indivíduos que apresentaram as sugestões mais consentânias sobre as melhores práticas e gestão ambiental foram premiados com materiais escolares.
Refira-se que o 5 de Junho é, anualmente, celebrado como Dia Mundial do Ambiente, data estabelecida pela Assembleia das Nações Unidas em 1972, para assinalar a abertura da Conferência de Estocolmo sobre o Ambiente. Na mesma ocasião, foi adoptada uma Resolução que resultou na criação do Programa das Nações Unidas para o Ambiente (PNUMA).
Em Moçambique, a data tem servido de momento de reflexão sobre os grandes problemas ambientais do nosso planeta, através de acções de carácter educacional, cultural e recreativo em prol do equilíbrio ecológico, pelo bem estar das populações e uma melhor harmonia entre o homem e a natureza. Saliente-se que este ano o Dia Mundial do Ambiente celebra-se sob o lema “Floresta é Vida, é nossa riqueza, conservemo- la”.
