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Residentes da Ilha de Moçambique estão engajados na produção agrícola

As autoridades governamentais do distrito da Ilha de Moçambique mostram-se satisfeitas pelo facto de, nos últimos tempos, os residentes daquela zona costeira terem tomado consciência sobre a importância do seu engajamento na produção agrícola para o combate, sobretudo, à fome que sempre constituiu grande problema para a segurança alimentar na região.

O administrador distrital, António Saúl, disse recentemente à Reportagem do Wamphula Fax que, como fruto desse engajamento e contando com as actividades de mobilização levadas a cabo pelo executivo local, a Ilha de Moçambique já não é assolada pela fome como acontecia dantes.

Pois que este ano produziu já mais de 48 mil toneladas de mandioca, base de alimentação dos residentes daquela zona. Aqui agora já se produz milho, mapira, mandioca e outros produtos alimentares que dantes não eram produzidas ou produziam-se em quantidades insignificantes porque as pessoas não tinham a cultura de trabalhar a terra.

Mas, hoje, o cenário inverteu-se, é outro, por isso posso dizer que a segurança alimentar está garantida aqui no nosso distrito. É um facto interessante, tendo em conta aquilo que a Ilha foi, em termos de fome, enfatizou aquele governante.

Num outro desenvolvimento e como que a ilustrar a tomada de consciência da população da Ilha de Moçambique sobre a importância e necessidade do seu engajamento na produção agrícola, António Saúl disse que agora há muitas pessoas que procuram terras férteis para o efeito, e em algumas zonas tem até havido conflitos entre os camponeses e as empresas detentoras de certas parcelas de terras.

Segundo a nossa fonte, a Ilha de Moçambique nunca tinha registado, anteriormente, qualquer tipo de conflito de terra como o que regista actualmente, por exemplo, com a empresa João Ferreira dos Santos, que, desde há muito, possui grandes extensões de terras para, principalmente, criação de gado bovino e caprino.

É curioso, de facto, que as pessoas nunca tenham pensado que aquelas terras eram férteis para a produção agrícola. Porque não tinham o hábito de produzir. Mas, hoje, elas procuram essas terras e nós, como governo, mediamos o conflito e a empresa acedeu a entregar uma parte da parcela que ocupa à população para a produção de alimentos.

Isso significa que as pessoas já têm consciência em fazer machambas, em vez de ficarem sentadas à espera de apoios, anotou o administrador.

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