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Reposta travessia com segurança sobre o Rio Moculumba

Já há travessia com segurança entre os postos administrativos de Mazua e Lúrio, no distrito de Memba, depois da conclusão e entrega das obras da ponte sobre o rio Moculumba, na ER 705, que tinha sido destruída pelos guerrilheiros da Renamo, durante o conflito armado, cuja reconstrução custou ao Estado cerca de 50 milhões de Meticais.

A infra-estrutura, cuja construção conheceu alguns momentos conturbados, porque o dono da obra, o Estado, não concordava com algumas imperfeições que se apresentavam no processo de edificação, foi recentemente visitada pelo ministro das Obras Públicas e Habitação, Cadmiel Muthemba, que realçou a sua importância a sua importância no alívio do sofrimento das populações na sua circulação para os dois pontos do distrito de Memba, particularmente na época chuvosa.

Com 238 metros de cumprimento e quatro e meio de largura e assente em 37 pilares com uma profundidade de 18 metros, a ponte registou um atraso no tempo de construção por dificuldades do empreiteiro na importação de alguns materiais, principalmente juntas de dilatação, adquiridos na vizinha África do Sul, segundo justificou Palmiro Mavila, delegado provincial da Administração Nacional de Estradas (ANE), que, entretanto, confirma que a estrutura da ponte foi feita para um tempo de vida de 100 anos.

Alguns residentes e utilizadores da ponte que, durante décadas, se viram privadas do seu uso, arriscando, nalgumas ocasiões, a sua própria vida quando pretendiam ligar os dois pontos do distrito, mostraram a sua enorme satisfação e alívio, como é o caso do cidadão, Florêncio Munaucha, que vive em Mazua, mas que tem sua actividade do outro lado da margem do rio Moculumba, em Chipene.

Tínhamos muitas dificuldades para transitar para o outro lado, como pode ver as correntes das águas neste tempo são violentas e tentar a travessia representava um risco para a própria vida, para além dos crocodilos que já fizeram, igualmente, vítimas humanas. Por isso, agradecemos o esforço do governo por ter reconstruído esta ponte, disse Florêncio Munaucha.

Caetano Paulino é um jovem que acaba de fazer a travessia da ponte sobre o rio Moculumba e afirma-se satisfeito por estar a fazê-lo diariamente sem nenhum perigo, como acontecia anteriormente.

Por seu turno, um motociclista que responde pelo nome de Camilo, diz ter encontrado um grande alívio com a construção desta ponte, pois neste tempo chuvoso para puder fazer a travessia naquele trajecto era obrigado a desembolsar valores monetários que rondavam entre 200 a 500 Meticais, para lhe carregarem a sua motorizada duma margem à outra.

Na sua recente viagem à província de Nampula, o ministro das Obras Públicas e Habitação visitou, igualmente, as obras de construção das duas pontes sobre o rio Milhana que liga o posto administrativo do mesmo nome ao de Muite, no distrito de Mecubúri, cuja destruição não permite a ligação rodoviária entre estes dois pontos.

O empreiteiro das obras, Faizal Salé, disse que os custos iniciais de 16 milhões 700 mil Meticais para a construção, terão que ser revistos em consequência da subida de preços dos materiais no mercado local, nomeadamente cimento e ferro, com o risco de não cumprir com os prazos de entrega que estão aprazados para o próximo mês de Junho deste ano.

O chefe do posto administrativo de Milhana, Jaime Sauja, disse esperar depois da conclusão das obras das duas pontes, assistir a um movimento desusado de pessoas e bens entre a cidade de Nampula, Milhana e Muite, situação que vai incrementar o processo de comercialização na região.

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