A Renamo na província de Nampula lançou domingo a sua campanha eleitoral, apelando ao eleitorado para que vote neste partido na oposição e no seu candidato presidencial, Afonso Dhlakama, nos pleitos de 28 de Outubro próximo. “Que seja o início de um momento de festa traduzido pela forma ordeira e pacífica que conduza uma mensagem de paz e liberdade, elementos fundamentais pelos quais a Renamo sempre se bateu”, disse Lúcia Afate, delegada política da Renamo em Nampula, durante um comício realizado em frente ao Estádio 25 de Setembro, na cidade de Nampula, capital provincial. “A liberdade de escolha faz-se exercendo o direito consagrado na Constituição da Republica e demais leis vigentes neste jovem Moçambique.
No dia 28 de Outubro próximo somos todos convidados a exercer o nosso direito de voto pelo que pedimos desde já que votem pela Renamo e no seu candidato a presidência da Republica de Moçambique, Afonso Dhlakama”, disse Afate. Para a delegada politica da Renamo, votar no seu candidato significa combater a humilhação, a corrupção, discriminação, desemprego, acabar com perseguições com motivações políticas e criar um ambiente de livre circulação em todo o território moçambicano.
Segundo Afate, “votar na Renamo é garantir a consolidação e progresso da democracia, desenvolvimento económico e social. É garantir a boa educação e saúde, isto é receber tratamento hospitalar condigno e sem cobranças ilícitas, é garantir a tranquilidade dos funcionários do aparelho do estado que a Frelimo os tenta transformar em propriedade privada”. Ela acrescentou que a Renamo e o seu candidato vão garantir a igualdade de oportunidades, evitar o retorno ao monopartidarismo em Moçambique.
Mudando o tom do seu discurso, Afate apelou aos simpatizantes e a população em geral para se distanciarem de todo e qualquer tipo de provocação e de vandalismo. “É aquilo que já vimos agora. A Frelimo já esta a nos provocar. Já está a nos provocar. Vamos deixar de ser santos e deixarmos de ser Jesus Cristo. Jesus Cristo fez boas coisas mas os mesmos lhe mataram”, advertiu Afate. Ela disse que se a Frelimo prosseguir com provocações a Renamo vai ripostar.
“Não vamos dizer de que maneira (vamos responder) “, disse ela. Aparentemente, estas declarações surgem devido a um incidente ocorrido esta manha na cidade de Nampula e que culminou com a detenção de um membro da Renamo. Apresentando aquilo que poderia ser descrito como sendo o manifesto eleitoral, Afate arrolou alguns projectos que a Renamo tenciona implementar se ganhar as eleições.
“Afonso Dhlakama e a Renamo vão garantir justiça, segurança e bem-estar dos moçambicanos, inclusão dos partidos políticos, sociedade civil na busca de uma governação transparente e eficiente, e imprimir uma maior dinâmica na governação”, disse Afate. Alem disso, a Renamo promete assegurar a inovação como alicerce para a consolidação da economia do mercado, imprimir uma maior dinâmica, responsabilização efectiva e implementação das promessas de governação, contribuir na consolidação da unidade nacional e assegurar a participação dos moçambicanos na gestão activa e efectiva.
A Renamo também tenciona apostar em políticas e acções concretas que visem a erradicação da pobreza, da corrupção, HIV/SIDA e outras doenças endémicas, valorizar os líderes tradicionais, usos e costumes de todo o país, privilegiando a unidade na diversidade.
“Votar na Renamo e seu líder é devolver a voz e a auto-estima ao povo moçambicano, assegurar a justiça em tempo útil para combater a corrupção, estimular a produtividade e assegurar uma maior igualdade na distribuição de riqueza, resgatar a confiança dos cidadãos nas instituições que garantem a lei e ordem e assegurar equidade no acesso ao trabalho e a saúde de todos os moçambicanos”, disse Afate, afirmando que mais pormenores serão divulgados após a chegada de Dhlakama em Nampula na terça-feira.