Os obstáculos para o estabelecimento do “Corredor do Futi” estão literalmente ultrapassados na sequência de um acordo alcançado entre os ministérios moçambicano do Turismo (MITUR), da Agricultura (MINAG), o Governo da província de Maputo e entidades privadas que detinham concessões dentro da área.
Para o efeito, os proprietários dos DUAT’s (Direito de Uso e Aproveitamento de Terra) vão abdicar das actuais concessões em troca de alternativas a serem garantidas pelo Estado em outras áreas fora do referido corredor.
O último Boletim Mensal das Áreas de Conservação Transfronteiriças, do Ministério do Turismo, refere que com este acordo será possível iniciar, ainda no curso do corrente ano, a delimitação da área do corredor e sua posterior vedação, permitindo assim a sua proclamação como parte integrante da Reserva Especial de Maputo.
O Projecto de Desenvolvimento do Corredor do Futi cobre uma extensão de 300 quilómetros quadrados e faz parte da Área de Conservação Transfronteiriça dos Libombos. O Corredor de Futi detém um mosaico único e variado de ecossistemas, incluindo savanas, pântanos, lagos de água doce, planícies alagadiças, rios, estuários e elementos costeiros e marinhos.
O rio Futi, que dá o nome ao corredor, assume as características de pântano vermelho ocupado por gramíneas, caracterizado por espécies tais como “Phragmites communis” e “Tupha capensis” com extensões de “papyrus (Cyperus payrus)”.
No Corredor do Futi podem, igualmente, encontrar-se florestas de dunas costeiras, terrenos cobertos de arbustos, florestas pantanosas, terrenos mistos, florestas e Savanas, características que concedem um enorme potencial para o desenvolvimento de actividades de conservação e turismo.