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Relações Moçambique/EUA reflectem vontade dos dois países, segundo Oldemiro Baloi

O ministro moçambicano dos Negócios Estrangeiros e Cooperação, Oldemiro Baloi, diz que as relações de cooperação existentes entre Moçambique e Estados Unidos da América (EUA) constituem o reflexo da vontade política existente entre os dois países.

Baloi falava Quintafeira, em Maputo, numa cerimónia alusiva à passagem dos 25 anos após o estabelecimento formal das relações de cooperação bilateral entre os dois países. A data foi marcada por uma exposição fotográfica na Fortaleza de Maputo, retratando os diversos programas financiados pelos EUA desde 1984, ano do início da parceria, providenciando ajuda alimentar de emergência às pessoas afectadas pela guerra civil e pelas calamidades naturais.

Numa conferência de imprensa, o encarregado de negócios na Embaixada dos Estados Unidos da América, Todd Chapman, disse que a exposição “constitui uma prova conclusiva do desenvolvimento desta parceria em prol da melhoria da vida do povo moçambicano”.

Segundo Chapman, a assistência foi evoluindo consideravelmente para uma parceria que cobre diversas áreas por todo o país, totalizando mais de cinco biliões de dólares ao longo destes 25 anos. De 1984 a 2009, o governo americano tem dado assistência a Moçambique nas áreas da Saúde e Capital Humano, Paz e Segurança, Boa Governação, HIV/Sida, Educação, Crescimento Económico, Ajuda Alimentar e Assistência Humanitária e Pós- Emergência (cheias). Nestas áreas, os EUA esperam disponibilizar cerca de 2.3 biliões de dólares, no período 2010/ 2014.

Muitas outras agências do Governo dos Estados Unidos se juntaram a estes esforços, incluindo o Centro de Prevenção e Controlo de Doenças, o Departamento de Defesa, a Corporação do Desafio do Milénio, o Corpo da Paz, o Departamento de Agricultura, o Departamento de Comércio, o Departamento do Trabalho, o Departamento do Tesouro, o Gabinete do Representante de Comércio, e muitos outros.

Num outro desenvolvimento, Chapman disse que “o Moçambique de hoje é um país totalmente diferente, e vemos muitos frutos da nossa parceria: os moçambicanos estão mais seguros, produzem mais comida, viajam com mais facilidade dentro do seu país, assistem ao desenvolvimento económico e têm mais acesso aos cuidados de saúde do que alguma vez no seu passado”.

“Estamos prontos para ficarmos ao lado do povo de Moçambique e do seu Governo com base no respeito mútuo e nos princípios e valores partilhados para alcançar esses objectivos”, disse Chapman, para acrescentar que “o Presidente Barack Obama tem sido muito claro quando afirma que os EUA estão prontos a ajudar os países africanos a alcançarem as suas aspirações democráticas”.

Após o Acordo de Paz celebrado em 1992, que pôs fim aos 16 anos de guerra de desestabilização, os EUA apoiaram o programa de transição para a paz prestando assistência aos deslocados de luta. Desde lá, os EUA têm se empenhado na desmobilização das tropas e na remoção de minas terrestres, tornando Moçambique um lugar mais seguro.

“O nosso apoio à desminagem mantém-se até hoje. Apoiámos um programa de próteses, desenhado para responder às necessidades dos civis feridos durante a guerra. Reconstruímos pontes, por exemplo a Ponte Dona Ana destruída durante a guerra, ligação crucial entre o centro e norte de Moçambique”, disse Chapman.

Em Moçambique estão mais de 560 voluntários americanos incluindo os 160 voluntários da saúde e educação que actualmente apoiam as comunidades em todo o país. Após as cheias de 2000, em que Moçambique sofreu uma das piores de que há memória nos últimos anos, os Estados Unidos apoiaram mais de cem mil famílias para além de ter reconstruído estradas, pontes e a linha-férrea do Limpopo.

Os programas de agricultura e agro-negócios têm apoiado o desenvolvimento das indústrias de caju e avícola, e o cultivo da soja usado na ração dos frangos. Agências dos EUA presentes em Moçambique trabalham em conjunto para melhorarem e alargarem a abrangência dos serviços de prevenção, cuidados e tratamento para o HIV/SIDA, com programas de divulgação de mensagens sobre como evitar a doença. Os EUA apoiam igualmente os órfãos e outras crianças vulneráveis cujas famílias tenham sido afectadas pelo HIV, bem como o fortalecimento do sistema de saúde moçambicano através da logística de medicamentos, da formação de médicos, enfermeiros e trabalhadores da saúde.

De recordar que em Julho de 2007 o Millennium Challenge Corporation assinou um acordo de mais de 500 milhões de dólares com o governo moçambicano para o aumento da capacidade produtiva da população nas províncias do norte do país, centrando-se em programas de água, saneamento, estradas e agricultura e terras.

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