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Reconstrução da Milagre Mabote: cerca de 40 famílias serão transferidas

Pelo menos 40 famílias serão transferidas para dar lugar a reconstrução da Avenida Milagre Mabote, uma das principais artérias da capital moçambicana que dá acesso ao Centro da cidade de Maputo.

habitações se encontram ao longo da estrada que parte do bairro de Mavalane, arredores de Maputo, e desagua no bairro da Malhangalene, passando pelo bairro suburbano da Maxaquene, numa extensão de três quilómetros, que esteve praticamente esquecida durante cerca de duas décadas. Falando terça-feira à imprensa, por ocasião da celebração dos 122 anos da cidade de Maputo, o vereador Municipal para o Desenvolvimento de Infra-estruturas, Mário Macaringue, disse que as residências destas famílias fazem parte do total de 169 propriedades a serem afectadas pelas obras.

“Agora estamos a terminar as compensações dessas famílias e, esta semana, vamos lançar o concurso público para seleccionar o empreiteiro da obra”, disse o Vereador. Macaringue não falou do orçamento da obra, alegando que este resultaria da negociação com o empreiteiro, mas sabese que, ano passado, o Reino da Bélgica disponibilizou 3,4 milhões de euros para o financiar esta obra. As obras consistem na colocação de pavês na estrada e na construção do sistema de drenagem, bem como as ruas transversais do bairro da Malhangalene B e o respectivo sistema de drenagem, além de outras intervenções pertinentes nos bairros da Maxaquene A, B e D, e Mavalane A.

A fonte disse que as obras poderão começar 90 dias depois do lançamento do concurso público, devendo, por isso, arrancarem depois da primeira época chuvosa. No mesmo contacto com a imprensa, Macaringue prometeu que as obras de Xikheleni, em curso desde Maio passado e agora com um atraso de mais de 30 dias, deverão ser entregues em Dezembro próximo. A entrega destas obras vai constituir um alívio para os utentes daquela via dado que os trabalhos da sua reconstrução obrigaram a uma interrupção do trânsito rodoviário e outro tipo de actividades económicas no local.

Por outro lado, depois da conclusão destas obras, o Município irá trabalhar no sentido de reconstruir a Avenida Julius Nyerere, uma extensão de cerca de cinco quilómetros que ficou praticamente intransitável depois da destruição total de cerca de dois quilómetros na sequência das cheias do ano 2000. Segundo Macaringue, estas obras, enquadradas no Programa de Desenvolvimento de Maputo (Pró- Maputo) fase II, deverão iniciar no segundo semestre do próximo ano. Neste momento, o Município está a realizar o estudo de impacto ambiental para levar a cabo esta obra de engenharia cujo orçamento (de 10 a 12 milhões de dólares) já está assegurado.

Gestão de risco deve ser contínua

O Ministro da Administração Estatal, Lucas Chomera, defende a formação contínua de comités de gestão de calamidades ao nível da localidade, por forma a que, a partir deste ponto, se possam desenhar acções de socorro, sobretudo de busca e resgate de pessoas em situação de risco iminente de vida ou para minimizar os níveis de perda de bens diversos antes do arranque da intervenção de órgãos superiores.

Este posicionamento foi manifestado há dias em Nacala-porto, num encontro de balanço das acções de simulação programadas para dezasseis regiões do país, visando aferir o nível de prontidão dos comités distritais de gestão de risco de calamidades, caso o fenómeno venha a registar-se. Na ocasião, Lucas Chomera disse, de forma categórica, que o país já reúne as capacidades necessárias para levar a cabo e com sucesso uma operação de busca e de resgate de pessoas em situação de risco caso se registe um ciclone, cheia ou seca, não obstante haver a necessidade de aprimorar e garantir o funcionamento com eficiência e eficácia dos sistemas de comunicações.

Como as calamidades não avisam em que zona e o momento vão acontecer temos que continuar a capacitar as nossas comunidades no sentido de ligar com os fenómenos da seca, ciclone e cheias e, a partir dos primeiros sinais de alerta emitidos pelos centros operativos regionais, iniciar as acções de busca e salvamento das evetuais vitimas – sublinhou o governante. O país possui, neste momento, um total de 450 comités de gestão de calamidades, cuja maioria está implantada nas regiões norte e centro, sobretudo nos pontos onde se localizam as bacias hidrográficas com caudal permanente e vulneráveis a ciclones.

O governo aprovou, recentemente, a disponibilização de um fundo estimado em 120 milhões de meticais destinado a custear as operações de socorro das evetuais vitimas de calamidades que possam ocorrer entre os meses de Novembro deste ano e Março do próximo, per íodo considerado susceptível a ciclones e cheias.

As acções de simulação de calamidades realizadas esta semana um pouco por todo o país contaram com a presença de observadores das Repúblicas das Comores, Madagáscar e Malawi, além de peritos ligados à gestão de risco de calamidade da SADC – Comunidade de Desenvolvimento da África Austral, Agência das Nações Unidas para a População, PMA e da Cruz Vermelha. Wamphula Fax

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