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Professores não recebem horas extras desde o mês de Abril

Boa tarde. Antes de mais reitero as nossas cordiais saudações a toda a equipa do jornal @Verdade. Somos professores afectos ao distrito de Sussundenga, na província central de Manica. O que nos faz escrever esta carta-reclamação é o facto de nós, os professores deste distrito e não só, não estarmos a receber o correspondente às horas extras desde o mês de Abril deste ano, ou seja, há pouco mais de três meses.

Preocupa-nos ainda o facto de relativamente a esta situação não termos, por quem de direito, sido esclarecidos sobre os reais motivos do não pagamento das horas extras a que temos direito. Quando nos aproximamos da Direcção Provincial de Educação não somos postos a par dos motivos. Já estamos cansados da falta de informação e de comunicação das pessoas que dirigem as nossas instituições.

Soubemos ainda através de outros colegas que o não pagamento das horas extras está a afectar quase todos os distritos desta província, supostamente em cumprimento de uma ordem emanada pela Direcção Provincial de Educação de Manica.

Será que os nossos dirigentes e governantes sabem o quanto estes problemas estão a ter graves repercussões nas nossas vidas? Nós queremos que nos dêem aquilo que exigimos e nos é devido. Se houver problemas então que nos digam, pois o silêncio não resolve nada, antes pelo contrário, deixa as pessoas mais preocupadas como é o nosso caso.

Sendo o jornal @Verdade um órgão que tem ajudado muito o povo moçambicano, nós os professores de Sussundenga, particularmente, pedimos para que nos expliquem a razão da suspensão do pagamento das horas extras e nos paguem o nosso dinheiro que é o fruto do nosso trabalho.

Resposta

A nossa reportagem dirigiu-se ao Ministério da Educação, onde falou com o substituto do director dos Serviços Distritais de Educação, Juventude e Tecnologia de Sussundenga, Jaime Jassine, que em resposta ao caso disse que efectivamente a suspensão do pagamento das horas extras foi algo que afectou quase todos os distritos da província de Manica, em cumprimento de uma ordem da Direcção Provincial de Educação.

Jaime Jassine disse que estiveram por detrás da suspensão do pagamento das horas extras aos professores fortes indícios de que havia funcionários fantasmas, um fenómeno que foi despoletado numa das escolas da província.

“Porque não se descartava a possibilidade de o mesmo (fenómeno dos funcionários fantasmas) se verificar um pouco por todos os distritos, a Direcção Provincial de Educação decidiu suspender o pagamento das horas extras. Esta medida não tinha como propósito prejudicar ou tirar o mérito aos professores, mas sim fazer um rastreamento e controlo minucioso dos funcionários que têm direito ao pagamento das horas extras”.

Jassine confirma que a suspensão do pagamento das horas extras a nível do distrito de Sussundenga começou no mês de Abril fi ndo. No entanto, os professores não deixaram receber os seus salários normais e outras remunerações ou subsídios a que tenham direito.

O substituto do director dos Serviços de Educação, Juventude e Tecnologia de Sussundenga assegurou que a Direcção Provincial de Educação já autorizou o pagamento das horas extras aos professores e neste momento as folhas já estão na Direcção Provincial de Finanças de Manica para que esta proceda aos reembolsos a partir deste mês.

“Todos os professores com direito a horas extras vão receber cumulativamente, ou seja, haverá retroactivos desde Abril, altura em que se suspendeu o pagamento destas remunerações”, acrescenta.

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