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Autárquicas 2013: CNE afirma que muitas anomalias foram sanadas

A Comissão Nacional de Eleições (CNE) acredita que foram sanadas muitas irregularidades que se verificavam no processo de recenseamento eleitoral, embora reconheça que outros casos possam persistir.

Esta informação foi dada pelo porta-voz deste órgão, João Beirão, que falava à margem de exortação por ele feita no sentido de sensibilizar os eleitores que ainda não se recensearam para o fazerem.

Na altura, o @Verdade abordou Beirão no sentido de perceber a posição daquele órgão perante as sucessivas denúncias de casos de secretários de bairros e do partido Frelimo, partido no poder, que recolhem os números de cartões de eleitores para fins desconhecidos.

O nosso interlocutor, esquivando-se de responder à questão específica que lhe colocamos, preferiu generalizar os casos, afirmando que as situações anómalas ao processo de recenseamento que se vinham registando foram corrigidas. Explicou que foi enviada, na semana passada, uma brigada de fiscalização composta pelos vogais da CNE, um em dada províncias do país, para se inteirarem da situação real no terreno e tomar as medidas correctivas em casos de atropelos à lei.

É na base de dessa actividade que assenta a posição da CNE de que “as situações de irregulares foram corrigidas,” tal como nos asseverou Beirão, que acrescentou que “pelo menos até então, pelo que consta, as situações que foram ocorrendo em alguns sítios foram esclarecidas e devidamente esclarecidas. Se houve algumas irregularidades elas foram corrigidas.”

O interlocutor evitando indicar casos concretos, explicou que foram detectados vários casos estranhos ao processo e conforme isso ia acontecendo os vogais iam tomando medidas no sentido de corrigi-los.

Entretanto @Verdade tem comprovado todos os dias casos contínuos de postos que ainda tem problemas para impressão de cartões de eleitores ou de falta de energia para alimentar os equipamentos informáticos.

Contudo os casos mais preocupantes estão relacionados com indivíduos ligados ao partido no poder que, em vários casos, mesmo sem estarem credenciados permanecem nos postos de recenseamento e participam nas entrevistas aos cidadãos questionando documentos apresentados particularmente relacionados com a residência e idade dos potenciais eleitores.

A nossa redação que está a cobrir o recenseamento eleitoral todos os dias, em parceria com o Observatório Eleitoral e o Centro de Integridade Pública, tem ainda verificado fraca adesão de cidadãos ao registo eleitoral de raíz que termina no próximo dia 23 de Julho.

Recorde-se que até ao presente o maior partido da oposição em Moçambique, a Renamo, mantém o seu boicote às eleições autárquicas previstas para o dia 20 de Novembro do corrente ano.

 

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