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Rebeldes dizem que o cessar-fogo na Ucrânia não vale para cidade cercada

Os rebeldes na Ucrânia ignoravam, este domingo (15), a trégua que passara a vigorar horas antes, dizendo que não valia para a cidade onde a maioria dos combates tem ocorrido nas últimas semanas.

As armas silenciaram-se de forma abrupta à meia-noite de domingo na maior parte do leste da Ucrânia, de acordo com o cessar-fogo negociado durante uma semana de negociações lideradas pela França e a Alemanha.

Contudo, os rebeldes pró-Rússia anunciaram que não iriam fazer trégua em Debaltseve, onde os militares ucranianos estão cercados e, segundo Kiev, os ataques rebeldes aumentaram a partir da tarde deste domingo.

“Claro que podemos abrir fogo (em Debaltseve). É nosso território”, disse Eduardo Basurin, comandante rebelde. “O território é interno: nosso. E interno é interno. Mas na linha da confrontação não há tiros.”

Um comunicado militar de Kiev, na noite deste domingo, informa que o “inimigo” estava a realizar ataques com vários tipos de armas, incluindo foguetes, e tinha um plano de tentar tomar Debaltseve do oeste.

O presidente da Ucrânia, Petro Poroshenko, disse numa conversa telefónica com os líderes da Alemanha, da França e com o presidente da Rússia, Vladimir Putin, que a posição de todos nas negociações de paz na semana passada havia sido por um cessar-fogo em todas as frentes, incluindo Debaltseve.

Poroshenko enfatizou que a retirada de equipamento militar e armamento pesado requer um “cessar-fogo total e incondicional”, segundo a sua assessoria de imprensa. A Organização para a Segurança e Cooperação na Europa, responsável por monitorar a trégua, disse que os rebeldes negaram o acesso dos observadores a Debaltseve.

Dmitry Peskov, porta-voz do Kremlin, disse na quinta-feira que o acordo para o cessar-fogo deveria ser implementado de forma incondicional, mas não fez menção sobre Debaltseve, se Moscovo acreditava que a trégua valia para o local.

O acordo negociado na semana passada prevê a criação de uma zona intermediária entre os dois lados e a retirada de armamento pesado. Mais de 5.000 pessoas já morreram no conflito, que causa a pior crise entre a Rússia e o Ocidente desde a Guerra Fria.

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