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Ravalomanana reaparece na Swazilândia

O Presidente malgaxe deposto, Marc Ravalomanana, encontra-se actualmente na Swazilândia, tendo-se avistado com o Rei Mswati III na Terça-feira.

Ravalomanana chegou a Swazilândia na tarde de Segunda-feira, notícia confirmada pelo Secretário Permanente do Ministério dos Negócios Estrangeiros da Swazilandia, Clifford Mamba.

Segundo Mamba, Ravalomanana deslocou-se a Swazilândia para se avistar com o Presidente da Troika da Comunidade de Desenvolvimento da Africa Austral (SADC), Órgão para assuntos de política, defesa e segurança, o Rei Mswati III.

“Apenas discutiram um assunto, que é a paz em Madagáscar”, disse Mamba, explicando não ter informação sobre a duração da visita de Ravalomanana ao seu país.

A visita de Ravalomanana seguese a reunião da Troika da SADC realizada na semana passada na Swazilândia, que também detém a presidência deste órgão regional.

Durante a reunião, a Troika denunciou o líder da oposição malgaxe, Andry Rajoelina, que é acusado de ter perpetrado um golpe de estado.

Ravalomanana era dado como desaparecido desde que ele foi forçado a demitir-se na Terça-feira da semana passada por Rajoelina, com o apoio do Exército.

“O antigo Presidente malgaxe encontra-se aqui na Swazilândia. Ele está bem de saúde e as negociações com o Rei Mswati III correram bem. Ainda não foi confirmado o seu regresso a Madagáscar”, disse Mamba.

Questionado se Ravalomanana teria solicitado asilo político na Swazilândia, Mamba respondeu que “não foi discutido nenhum assunto dessa natureza”.

De referir que a SADC realiza próxima semana, em Mbabane, uma Cimeira para analisar a situação em Madagáscar e no Zimbabwe.

As manifestações registadas desde Janeiro último e que culminaram com a demissão de Ravalomanana resultaram na morte de pelo menos 135 pessoas, provocando prejuízos incalculáveis na indústria de turismo, e apreensão dos investidores estrangeiros nas áreas de mineração e prospecção de petróleo.

Rajoelina, 34 anos de idade, actualmente o Presidente mais novo em Africa, aparenta gozar de um forte apoio no seio das populações mais carenciadas e jovens. Ele também conta com o apoio de oficiais seniores do Exército.

Como forma de manifestar a sua indignação, a União Africana suspendeu o Madagáscar desta organização continental.

Outras potências ocidentais também já condenaram o golpe de estado perpetrado por Rajoelina, tendo os governos dos Estados Unidos da América e Noruega cortado a ajuda disponibilizada a este pais do Oceano Índico.

Ademais, ainda faltam seis anos para que Rajoelina seja elegível a presidência, pois a Constituição malgaxe estabelece como idade mínima 40 anos.

Como seu argumento, Rajoelina afirma que ele apenas chefia um “Governo de Transição”, prometendo realizar novas eleições dentro de dois anos.

Contudo, a comunidade internacional insiste que as novas eleições deveriam ser realizadas dentro de um período mais curto.

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