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RAS/SACP distancia-se dos ataques xenófobos

O Partido Comunista da África do Sul (SACP) distanciou-se das informações postas a circular no país dando conta da ocorrência de ataques xenófobos contra imigrantes, na sua maioria zimbabweanos. O SACP disse que tais incidentes são perpetrados por grupos de criminosos e não se pode considerar violência xenófoba que, em 2008, forçou mais de 40 mil moçambicanos a regressar às origens.

O antigo movimento de libertação sul-africano indicou que os ataques esporádicos registados em vários bairros periféricos da cidade do Cabo são uma manipulação de desafios enfermando as comunidades no país. “Estes não são ataques xenófobos”, frisou fonte do partido, acrescentando que os incidentes são protagonizados por indivíduos com o intuito de pilhar bens de estrangeiros e desestabilizar as comunidades do país. O SACP, aliado do Congresso Nacional Africano (ANC), partido no poder, desafiou as suas estruturas de base, da aliança tripartida e de outras organizações progressistas a unirem-se contra o que classificou de “elementos criminosos”.

“As nossas estruturas devem envolver-se na prestação dos serviços”, sublinhou. O Sindicato Nacional da Educação, Saúde e Trabalhadores Aliado, que também se pronunciou sobre o assunto, apelou a segurança para investigar estes elementos criminosos e leva-lhes à barra da justiça. O sindicado, ao mesmo tempo, ao governo para garantir a solução dos problemas que preocupam as comunidades, para que a prestação dos serviços não seja pretexto para o retorno de violentos ataques contra estrangeiros, incluindo moçambicanos.

O Instituto da África do Sul de Relações Raciais lamenta que não tenha havido mudanças no ambiente que propiciou os ataques ocorridos em 2008, que se saldaram na morte de 62 imigrantes, na sua maioria moçambicanos. Minimizando a situação, o instituto disse não prever o retorno da violência, embora haja uma escalada de ameaças da sua eclosão. O nível da pobreza, desemprego e rendimento familiar continua a ser o mesmo desde 2008, enquanto a criminalidade e violência são uma realidade diária para as comunidades sul-africanas, de acordo com o instituto.

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