Pelo menos 2.000 moçambicanos estão a ser recrutados para trabalharem no sector agrícola na vizinha Africa do Sul. Este contingente, segundo o Ministério moçambicano do Trabalho (MITRAB), está a ser recrutado nos distritos de Chicualacuala, Chigubo e Massangena, a norte da província de Gaza, Sul de Moçambique.
Os trabalhadores moçambicanos estarão integrados na farma agrícola ZZ2, em Tzanine, Província sul-africana do Limpopo, no quadro do memorando de entendimento assinado entre a respectiva gerência e a Ministra moçambicana do Trabalho, Helena Taipo, aquando da visita a esta região, em Abril de 2010.
O memorando resultou de um pedido da governante moçambicana no sentido da ZZ2 aumentar o número de moçambicanos na farma, dado o seu valor e competência reconhecidos pelo patronato, positivamente respondido.
Durante este ano, a ZZ2 vai recrutar dois mil moçambicanos, tendo começado com os primeiros 200, entre Terça e hoje, cujo processo decorre nos Postos Administrativos de Mapai e Pafuri (em Chicualacuala), respectivamente, na presença dos dirigentes da farma ZZ2, da agência recrutadora de mão-de-obra Algos, da Direcção Provincial do Trabalho de Gaza, a Sub-Delegada do MITRAB em Nelspruit, a Polícia e os serviços da migração, bem como dos Governos distritais abrangidos e a população da região.
A ZZ2 é a líder mundial na produção de tomate e tem colaborado na contratação e legalização da mão-de-obra moçambicana. Só em 2010, a ZZ2 legalizou 1.291 moçambicanos que trabalhavam fora da lei naquele país, após a intervenção do Governo moçambicano. Dos mais de 3.500 trabalhadores na farma ZZ2, mais de 1.200 são moçambicanos, contratualmente legais.