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Raptores continuam a testar eficácia das autoridades policiais moçambicanas

As três vítimas de raptos, uma das quais sequestrada a 24 de Setembro passado, na sua casa no luxuoso bairro da Sommerschield, e outras duas na semana passada, na Avenida das FPLM, à entrada da fábrica do pai, e na Rua de Mudomone, na Polana Cimento “A”, continuam presumivelmente em cativeiro, pois a Polícia da República de Moçambique (PRM), que garante estar no encalço das quadrilhas que protagonizaram tal acção, ainda não dispõe de nenhuma informação sobre a restituição à liberdade dos cidadãos, todos de origem asiática.

Na noite de 24 de Setembro, os sequestradores voltaram a fazer das suas na Sommerschield, um dos luxuosos bairros da capital moçambicana, onde arrastaram para parte incerta um cidadão de origem asiática, de 50 anos de idade. Orlando Mudumane, porta-voz do Comando da Polícia da República de Moçambique (PRM) em Maputo, disse que ainda não há pistas com vista à localização dos indivíduos nem dos malfeitores.

Os dois últimos raptos ocorreram a 13 de Outubro. Um deles por voltas das 07h00, na Avenida das FPLM em Maputo, muito próximo da fábrica de plásticos e colchões denominada Unibasma, onde a vítima trabalha com o pai. O indivíduo chama-se Mohamed Adam, e tem 27 anos de idade. O cidadão foi arrastado pelo sequestradores num sítio localizado perto da 12aesquadra da Polícia, a qual não se apercebeu da ocorrência. Aliás, até o juiz Dinis Silica foi regado de dezenas de balas a poucos quarteirões de esquadra da corporação, mas ninguém afecto à mesma ouviu um tiro sequer.

O outro rapto deu-se no bairro da Polana Cimento “A”, por volta das 19h47, na rua de Mudomone. Os protagonistas dos dois casos ainda não foram identificados e presume-se que as vítimas ainda estejam em cativeiro, de acordo com as palavras de Orlando Mudumane, que falava no habitual briefing à Imprensa, cuja finalidade é dar a conhecer as ocorrências criminais da semana e o trabalho feito pela Polícia com vista a manter a ordem, segurança e tranquilidades públicas na capital do país.

Há várias diligências em curso com vista a esclarecer as ocorrências, acrescentou o agente da Lei e Ordem, clarificando que os detalhes sobre a operação policial estão em “segredo da investigação” para não desvirtuar o trabalho.

A par de tantos outros crimes públicos, os sequestros são um modus operandi de gangues que continuam impunes, pois o que se sabe até aqui é que determinadas pessoas foram presas, julgadas e condenadas em conexão com este mal, mas os verdadeiros mandantes passeiam a sua classe e sofisticam cada vez mais as suas artimanhas.

Jorge Khalau, comandante-geral da PRM, sobre o qual se engendrou uma provável queda em virtude da ineficácia das Polícia no combate aos raptos e assassinatos que em 2014 atingiram níveis alarmantes, disse, dezenas de vezes, que esta situação tinha os dias contados. Porém, nada disso aconteceu.

Os meliantes, pese embora o trabalho desencadeado no sentido de desmantelar as redes do crime, parecem agir a seu bel-prazer na medida em que certos malefícios são cometidos nas barbas de quem cabe a tarefa de impor a lei e ordem. Ao que tudo indica, as declarações soberbas de Khalau à Imprensa é que tinham dias contados, pois de há tempos para cá ele já não se pronuncia sobre os sequestros. Virou as atenções para o terror que é protagonizado contra os albinos.

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