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R. Kelly pronto para voar

R. Kelly pronto para voar

Na véspera de apresentar-se na abertura da Copa do Mundo da FIFA 2010, o cantor R. Kelly diz estar muito feliz por ter tido uma música sua escolhida como hino do torneio. O produtor americano de rhythm and blues já ganhou inúmeros prêmios, entre eles três Grammy. Mesmo assim, afirma que este será o maior show da sua carreira. “Este é o meu Mundial, musicalmente falando, e sinto-me muito honrado de fazer parte dela”, revelou o músico de 41 anos, cujo estilo de vida tem tudo a ver com a sua canção “I Believe I Can Fly”.

“Sempre que você envolve-se com algo tão grande e tão histórico, você automaticamente vê que também pode voar, na sua própria vida. Eu acredito que posso voar.” No entanto, foi Sign of a Victory a música escolhida como hino da Copa do Mundo da FIFA. A canção, considerada uma das mais belas do músico, é uma colaboração com o Coral Espiritual do Soweto, grupo que Kelly descobriu após muita pesquisa dos seus consultores.

Quando o assunto é futebol, o americano admite que o desporto das multidões vem despertando um grande interesse nele. “Acho importante fazer uma pesquisa antes de algo tão grande, então agarrei em alguns livros e vi jogos de futebol, e daí realmente passei a me interessar. Dois dias mais tarde, comecei a ter as ideias para a canção. Tenho muito mais respeito pelo futebol agora por causa da Copa do Mundo.” “Cresci na zona de sul de Chicago, em um bairro pobre”, relembra Kelly. “Não tínhamos nada e costumávamos chutar qualquer coisa que encontrássemos na rua, latas, garrafas, até mesmo uns aos outros quando estávamos bem loucos. O basquete estava na moda, mas na televisão às vezes em algum canal dava para ver futebol. O único problema é que eu não sabia as regras, não conhecia o jogo. Mas parecia interessante, muito interessante.”

Apesar da importância dada a outras competições desportivas, os americanos também estão a entrar no ritmo da Copa do Mundo da FIFA. Pelo menos é o que afirma Kelly, que também se diz envolvido pela febre do futebol. “Em todo lugar onde vou, as pessoas conversam comigo e dizem que sabem que vou apresentar-me na Copa do Mundo. E eu também me gabo de que vou fazer a abertura. Conto a todos, mas todo mundo parece já saber. É realmente a maior coisa com a qual já me envolvi.”

O astro também sabe da importância da realização do torneio pela primeira vez na África, continente pelo qual ele sempre nutriu um grande afeto. “Aqui na África do Sul é ainda mais especial do que em qualquer lugar, porque acredito que a humanidade, o espírito das pessoas, o DNA, tudo começou aqui na África.”

R. Kelly será um dos 1.581 artistas que se apresentarão na cerimônia de abertura no Estádio Soccer City em Johanesburgo nesta sexta-feira. Ao lado dele estarão grandes nomes como TKZee, Shakira, Alicia Keys e Black Eyed Peas, além do argelino Khaled, do ganês Osibisa e do sul-africano Hip Hop Pantsula. O show terá centenas de milhões de espectadores em mais de 215 países e deverá ser o maior espetáculo pop da história do continente. Kelly espera que a ocasião e a sua música deixem um legado duradouro na África e além dela.

“Quero que a minha música vá além do que escrevi e que talvez toque e inspire as pessoas em todo o mundo”, diz. “Realmente espero que com esta música possamos promover a paz mundial, combater o aquecimento global e ajudar a humanidade no mundo todo. Esta é a minha esperança. Acredito que a música pode nos guiar e nos levar a um mundo de paz.” Nas próximas semanas, entretanto, o assunto será o futebol. E quem o astro acredita que sairá campeão? “Até onde sei não faço ideia”, confessa, em meio a gargalhadas. “Então vou apoiar a África do Sul.”

 

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