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Quinhentas famílias reassentadas na Maganja da Costa sem água

As 500 famílias albergadas nos centros de acolhimento de Nante, Mussaia, Vila Valdez e Inthabo, no distrito da Maganja da Costa, na província da Zambézia, em consequência das cheias que assolaram a província no princípio deste ano, não têm água potável e se queixam da falta de ajuda para reconstruir as suas casas.

Aquando do seu reassentamento naqueles locais, os compatriotas consumiam água potável abastecida por algumas organizações humanitárias. Contudo, de há tempo para cá o abastecimento do precisoso líquido foi cancelado por motivos não esclarecidos. A população está a enfrentar dificuldades. Neste momento, as famílias recorrem a poços tradicionais ou a rios para a satisfação das suas necessidades domésticas.

Entretanto, as fontes nas quais as pessoas em alusão buscam água este bem vital começa a escassear. Menores de 10 anos de idade são obrigadas a pernoitar, aos lado das mãe e avós, nas fontes onde se o precioso líquido com vista a conseguir um bidão, para além de que percorrerem longas distâncias para o efeito.

Por exemplo, no rio Licungo as famílias correm o risco de serem devoradas por crocodilos que abundam localmente. Há relatos de que pelo menos cinco pessoas, entre mulheres e crianças, foram mortas no ano passado vítimas desses répteis carnívoros.

O chefe do posto administrativo de Nante, Augusto Beira, disse que os poços abertos em 2007 se encontram inoperacionais devido à avaria das bombas manuais, facto que está a agravar a crise de água.

As famíias que vivem nos centros de Nante, Mussaia, Vila Valdez e Inthabo estão preocupadas porque não têm nenhum apoio para reedificar as suas moradias destruídas pelas cheias. Por iniciativa própria, as pessoas estão a produzir tijolos queimados mas não têm chapas para a cobertura dos seus domícilios.

Refira-se que o distrito da Maganja da Costa, sito na região costeira, a noroeste da Zambézia, é vulnerável a secas e vendavais devido à sua localização geográfica. Aquela parcela do país tem uma população estimada em 306 mil habitantes cuja actividade principal é a agricultura e pesca.

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