O subsector de cajú ao nível da província de Nampula terá perdido, nas últimas duas campanhas, mais de catorze milhões, seiscentos e cinquenta mil meticais, devido à acção desastrosa das queimadas descontroladas.
O facto foi anunciado, terça-feira, por Emílio Mudunga Furede, delegado provincial do Instituto de Fomento de Caju (INCAJU), que se mostrou preocupado com a referida prática, apesar de se registar uma ligeira redução nos últimos tempos.
Para inverter o cenário, o INCAJU está a trabalhar com os governos distritais e autoridades locais na sensibilização das comunidades, cujos resultados começam já a ser notórios.
‘O maneio integrado do caju prevê o tratamento químico e o processo de limpeza dos cajueiros, de modo a garantir o combate às queimadas descontrolodas’, explicou Furede.
De acorco com o delegado do INCAJU, no quadro do Programa de Produção e Distribuição de Mudas, o sector está a promover o plantio de novos cajueiros, uma acção que culmina com o processo de tratamento dos já existentes.
À luz deste esforço, as autoridades governamentais agendaram para, sexta-feira, o arranque da campanha nacional de pulverização de cajueiros contra pragas e doenças, cujo acto contará com a presença de destacados representantes do Ministério da Agricultura e da Direcção do INCAJU.
A acção visa, conforme explicou Emílio Furede, a melhoria dos níveis actuais de produção e de produtividade do cajú, bem como a garantia da qualidade da castanha a ser produzida futuramente.
Segundo o nosso entrevistado, um cajueiro tratado produz em média, por ano, dez a doze quilogramas de castanha, contra apenas três quilogramas de um outro não tratado.
Aquele responsável diz estar satifeito com os resultados promissores alcançados nos últimos anos na província de Nampula, a maior produtora de castannha ao nível do país.
Dados oficiais referem que na campanha 2010/2011 foram produzidas e comercializadas mais de 55 mil toneladas de castanha de caju, contra 49 mil da campanha anterior.